É batata. Basta estarmos na praia ou na piscina e alguma pessoa nos lembra: não pode nadar logo depois do almoço, hein? A recomendação costuma incluir um tempo mínimo de espera, de geralmente 30 minutos, mas será que isso faz algum sentido?
De acordo com algumas pessoas, entrar na água da piscina ou do mar com o estômago cheio é um grande perigo. Há quem diga que a prática pode provocar cãibras e até afogamentos, pois, teoricamente, nosso corpo afundaria mais facilmente devido à comilança.
Mas e aí: pode ou não pode nadar depois da refeição?
Ao fazer uma refeição no capricho, o corpo envia mais sangue para a região do abdome. Esse mecanismo de digestão não é o suficiente, no entanto, para fazer com que a pessoa não consiga nadar e acabe afundando.
É possível, sim, que você tenha alguma cãibra ao entrar de estômago cheio na piscina ou no mar, mas não será nada muito grave ao ponto de colocar a sua saúde em risco. A prova disso é a falta de registros de mortes causadas por pessoas que foram nadar depois de almoçar.
Aliás, existem nadadores profissionais que percorrem longas distâncias a nado e, para repor as energias, fazem pequenas paradas para lanchinhos.
Perigos reais
A única coisa que pode realmente aumentar o risco de afogamento é o consumo de álcool. Tomar bebidas alcoólicas é totalmente não recomendado quando você estiver de férias e curtindo um dia na água — o CDC, órgão estadunidense de saúde, diz que até 70% das mortes causadas por afogamento têm o consumo de álcool como fator comum.
As outras causas mais comuns de morte por afogamento incluem não saber nadar, falta de cercas de segurança em piscinas e o não uso de coletes salva-vidas.