Em 26 de abril de 1986, houve uma grande explosão em um dos reatores da usina nuclear de Chernobyl, causando diversas consequências negativas para as pessoas e para o meio ambiente. Depois de que a extensão do acidente ficou clara para as autoridades, foi definida uma zona de exclusão oficial, um raio de aproximadamente 30 kms que fica ao redor da usina afetada. Por isso, essa matéria vai te mostrar sete fatos sobre a zona de exclusão de Chernobyl.
Mesmo após 37 anos daquele fatídico dia, que ficará na lembrança de milhares de pessoas, esse local costuma ser visitado por turistas do mundo inteiro até hoje, e é uma prova do tamanho da resiliência da natureza. Continue a leitura até o final e saiba mais.
Fatos sobre a zona de exclusão de Chernobyl
1) É possível se hospedar em um hotel na zona de exclusão de Chernobyl
Segurança e simplicidade são as principais qualidades do Hotel Desyatka, que se localiza dentro da zona de exclusão. Caso você tenha interesse em visitar o local, esse estabelecimento é a única opção de hospedagem. O hotel oferece sinal de Wi-Fi para os turistas não ficarem sem conexão com o restante do mundo.
Caso você resolva conhecer a fundo a área da explosão, pode se aventurar por, no máximo, 15 dias consecutivos, por causa da exposição à radiação, que não pode ultrapassar o limite máximo permitido. Se você está pensando em ficar mais do que esse tempo, precisa passar os outros dias restantes fora da zona de exclusão.
2) Não é necessária permissão oficial para visitação
Mais um dos fatos sobre a zona de exclusão de Chernobyl. Obviamente, os turistas precisam ter um Guia nativo da região. Mesmo que existam postos de controle de responsabilidade das autoridades militares, você não precisa de uma autorização oficial do governo para visitar a área afetada pela explosão.
O seu nome e passaporte são devidamente verificados e, caso não haja nenhum tipo de pendência ou irregularidade, a sua entrada é autorizada. Mesmo que haja bastante rigidez na fiscalização, por causa de intrusos e saqueadores, não costuma existir muita burocracia para os visitantes legais.
3) Milhares de pessoas ainda moram e trabalham lá
Esse também é outro dos fatos sobre a zona de exclusão de Chernobyl. Aproximadamente 2.400 pessoas trabalham na indústria desativada. Guardas Florestais, Bombeiros e Seguranças fazem parte do contingente. Junto com os funcionários do hotel, todos intercalam 15 dias de trabalho no perímetro afetado e 15 dias fora, já que os níveis de radiação precisam estar dentro do aceitável.
Por incrível que possa parecer, cerca de 200 pessoas moram na zona de exclusão. São anciãos que não querem deixar as aldeias dos seus ancestrais, mesmo com as incessantes advertências do governo da Ucrânia.
4) Fatos sobre a zona de exclusão de Chernobyl: O Turismo é um negócio lucrativo
Desde que foi criado, o local começou a receber visitas frequentes de pesquisadores, cientistas e equipes de reportagem de várias partes do mundo. Anos mais tarde, as autoridades também permitiram a visitação turística, sob rígido controle.
Não é raro acontecer pedidos de casamento ou oficialização de relações amorosas dentro da zona de exclusão. De uns anos para cá, o turismo nesse lugar se revelou um grande negócio, já que atrai visitantes do mundo inteiro, simplesmente pelo fato de ser único.
5) Toque de recolher? Sim
É isso mesmo que você leu. Dentro do perímetro que faz parte da zona de exclusão, existe um toque de recolher diário pontualmente às 20 horas. Após esse horário, a única coisa que as pessoas escutam, além do latido de cães que perambulam pelas ruas, é o som de bipes de monitoramento da radiação noturna.
Dessa forma, se você está pensando em visitar a região da usina desativada, as suas atividades ou passeios deverão ser somente durante o dia. Aquele turista que é pego nas ruas após o horário estabelecido é deportado para o seu país de origem. Regras são regras, certo?
6) O nível de radiação é monitorado em todos
Outro dos fatos sobre a zona de exclusão de Chernobyl. Qualquer visitante que deixa o local é obrigado a passar por uma triagem que monitora o nível de radiação. Caso esteja mais alto do que o limite considerado seguro, as roupas e calçados devem ser lavados ou descartados.
Além disso, não é possível levar nenhum “souvenir” de Chernobyl. Partes da zona de exclusão ainda são bastante perigosas. Os turistas recebem orientação sobre onde estão os “pontos quentes”, já que a probabilidade de ingerir partículas radioativas é alta. Não é recomendado encostar em nada que esteja dentro desse perímetro, onde os níveis de radiação podem trazer prejuízos à saúde.
7) Animais selvagens também fazem parte do lugar
Finalmente, o último dos fatos sobre a zona de exclusão de Chernobyl. Segundo os pesquisadores, a área afetada pela explosão ainda vai continuar contaminada pelos próximos 300 anos. Sem a presença constante do ser humano, pouco a pouco, a vida animal voltou à região.
Lobos, javalis, linces, raposas, cães selvagens, coelhos e alces, são as espécies de animais que mais predominam dentro da zona de exclusão. Ainda não se pode afirmar se esses bichos são imunes à contaminação do lugar. O fato é que eles estão lá, vivendo normalmente e se reproduzindo.