Você já ouviu falar do peixe-bolha? A primeira coisa que precisamos saber sobre esse peixe é que o termo ‘peixe-bolha’ é usado para descrever várias espécies, bem como a família mais ampla de peixes conhecida como Psychrolutidae.
Contudo, para muitas pessoas o peixe-bolha é uma espécie particular (Psychrolutes micropores), cujo primeiro espécime foi encontrado por um navio de pesquisa na costa da Nova Zelândia em 1983.
Sua aparência é bem marcante por ser gelatinosa, com ossos soltos, pouco músculo e muita gordura. O interessante é que quando esse peixe é pego e trazido da superfície, a descompressão faz com que ele se expanda e sua pele relaxe, acabando por distorcer suas feições.
Habitat e alimentação do peixe-bolha
Esse tipo de espécie de peixe vive nos cantos mais profundos dos oceanos, principalmente nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, a cerca de 600 metros de profundidade e chegando a 1200 metros. Eles geralmente medem menos de 30 cm de comprimento e pesam menos de 2 kg.
Além disso, por ter um alto teor de gordura, torna-o mais flutuante. Eles flutuam na água ou no fundo do mar, ficando quase imóveis e usando o mínimo de energia possível.
Com relação à alimentação, esse é um peixe tranquilo e não caça a sua comida, mas simplesmente alimenta-se do que encontra pelo caminho.
Geralmente, o peixe-bolha prefere comer mariscos, ouriços-do-mar e alguns crustáceos. No entanto, a falta de moluscos não é um problema para este peixe, uma vez que comerá tudo o que for possível.
Reprodução e conservação da espécie
Quanto à reprodução, eles costumam botar grandes quantidades de ovos. Além disso, especialistas dizem que a fêmea dessa espécie pode ficar maior que os machos e ambos curiosamente cuidam de seus ovos até que eclodam.
Eles são capazes de desovar até 100.000 ovos, mas apenas 1% atinge a idade adulta. Diz-se que é a única espécie nas profundezas que cuida de seus filhotes e em 2003 foi a primeira vez que um peixe-bolha foi observado fazendo isso.
Por fim, ao contrário do que muitos acreditam, o peixe-bolha não é próprio para consumo humano. No entanto, sua espécie corre sério risco de extinção, pois são capturados erroneamente pelas redes de arrasto e isso afeta muito sua população, diminuindo-a consideravelmente.