Ficar calvo é o pesadelo de muitos homens. Com a idade, o cabelo fica mais fino e, em alguns casos, desaparece. Além disso, não há cura. Agora, pela primeira vez, um estudo determinou o mecanismo que causa a calvície.
Embora se pretenda atribuir a calvície ao excesso de pensamento, chapéus apertados, caspa, secura ou seborreia do couro cabeludo, a verdade é que se deve a uma única causa: a hereditariedade.
Entretanto, não é necessário revisar o álbum de família de um careca para encontrar a origem de seu problema. Às vezes, tal doença não afeta uma ou duas gerações, mas se manifesta em um ou outro ramo da família.
Por que a calvície ocorre?
Em suma, o couro cabeludo médio produz cerca de 100.000 cabelos dos folículos contendo nutrientes em sua base bulbosa. Quando um cabelo atinge a maturidade (altura dos ombros ou mais, se não for cortado), seu folículo diminui sua atividade e o fio cai. Em média, perdemos 100 fios de cabelo por dia.
Um homem com calvície incipiente hereditária não perde mais cabelo do que outros; no entanto, seus folículos permanecem irremediavelmente inativos.
Certos medicamentos e algumas doenças como herpes, psoríase e micose podem causar alopecia excessiva, mas o cabelo volta a crescer quando o problema é resolvido, o que não é o caso da calvície hereditária.
O que a ciência diz?
A ciência se encarregou de investigar o motivo da queda do cabelo e está muito perto de resolver esse problema. Pela primeira vez, pesquisadores detectaram o mecanismo que é acionado pelo envelhecimento e torna o cabelo mais fino e predisposto a cair.
As células-tronco dos folículos pilosos são nada mais nada menos que as responsáveis pela calvície porque, quando danificadas com a idade, transformam-se em pele.
Ao contrário das células-tronco de outras partes do corpo, as do cabelo se regeneram de forma cíclica; uma fase de crescimento é seguida por uma fase de dormência, quando os folículos param de produzir cabelo.
Nesse sentido, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Tóquio descobriram que o DNA danificado pela idade desencadeia a destruição da proteína de colágeno 17A1, que por sua vez produz sua transformação em queratinócitos, as células predominantes na pele.
Por fim, a equipe aponta que o colágeno 17A1 pode ser usado para desenvolver tratamentos para queda de cabelo, embora tenha esclarecido que a transformação de células-tronco pode ser apenas um dos fatores pelos quais as pessoas ficam carecas.