O novo Bolsa Família, substituto do Auxílio Brasil, terá reajustes importantes em 2023, com o governo Lula. Além de manter o valor do benefício em R$ 600, o programa deverá pagar um adicional de R$ 150 para cada criança, de até seis anos de idade, que faça parte da composição familiar.
Nesta quarta-feira, 11, o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, afirmou que o pagamento extra será incorporado nos vencimentos do Bolsa Família a partir do mês de março deste ano.
O prazo, segundo Dias, tem a ver com os dados do CadÚnico, base que reúne as famílias que têm direito a receber benefícios do governo. Até fevereiro, haverá um pente-fino nesse banco de dados, para excluir famílias que estão cadastradas, mas não se encaixam nos critérios básicos de recebimento, e para incluir famílias que têm direito ao benefício.
Novo Bolsa Família
Conforme dados divulgados pelo ministro, o CadÚnico tem cerca de 10 milhões de famílias com indícios de diversas irregularidades, sendo que 6 milhões desses beneficiários se enquadram em famílias unipessoais, formadas por apenas uma pessoa.
Além disso, às vésperas das eleições em 2022, mais de 2 milhões de beneficiários foram incluídos no banco de dados do programa, que ainda era o Auxílio Brasil. “De um lado, a entrada de quem está fora e tem direito e, do outro lado, a saída de quem estiver irregular”, afirmou o ministro.
“Houve um crescimento de família unipessoal fora de qualquer proposta. Então, tem um indício aí de irregularidade. E o recadastramento com certeza vai nos dar a segurança para quem tiver irregular sair”, disse. “O cartão a gente libera em fevereiro para o pagamento em março já atualizado com os R$ 150”, concluiu Dias.
Lembramos que as famílias que tiverem direito ao pagamento extra de R$ 150 também deverão comprovar que as crianças frequentam a escola e estão seguindo o calendário de vacinação do SUS.