A prática esportiva tem se democratizado exponencialmente nos últimos anos. Cada vez mais pessoas aderem à prática de exercícios, seja coletiva ou individualmente, graças aos múltiplos benefícios que ela traz para o corpo.
Com isso, os smartwatches, ou relógios inteligentes, se tornaram grandes aliados dos praticantes de atividade física.
Dependendo do modelo, podemos encontrar um número imenso de funcionalidades relacionadas à saúde: horas de sono, qualidade do sono, estresse, distância percorrida, calorias queimadas, batimentos por minuto, e alguns modelos ainda oferecem a possibilidade de medir a saturação de oxigênio no sangue.
Embora essas funcionalidades sejam extremamente úteis no nosso dia a dia, elas devem sempre ser encaradas com cautela e algum ceticismo, principalmente quando falamos de medidas complexas que você tem que saber interpretar.
Dá para confiar na contagem de calorias medidas pelos relógios inteligentes?
Para estudar esses aparelhos, uma equipe de pesquisadores testou sete rastreadores: AppleWatch, Basis Peak, Fitbit Surge, Microsoft Band, Mio Alpha 2, PulseOn e Samsung Gear S2.
Os aparelhos foram usados por 60 voluntários, que colocaram quatro pulseiras por vez e realizaram diferentes atividades, como caminhar, andar de bicicleta ergométrica ou esteira. Ao comparar os resultados, os especialistas puderam verificar a confiabilidade dos dados fornecidos.
Com base na análise, as smartbands fornecem a frequência cardíaca muito bem, mas falham em calcular quantas calorias o usuário queima.
Três das sete pulseiras inteligentes estudadas calcularam a frequência cardíaca com uma margem de erro de 5%, enquanto as demais tiveram menos de 9% de erro.
Quanto à queima de calorias, o aparelho mais preciso apresentou margem de erro de 30%, em relação aos instrumentos de medição oficiais. E o menos preciso teve um erro de 93%.
Diante disso, é importante ficar atento para não tomar decisões sobre sua saúde e sua vida com base nos cálculos fornecidos por esses relógios inteligentes.
Os fabricantes podem testar extensivamente a precisão de seus dispositivos, conforme os pesquisadores, mas é difícil para os consumidores saber o quão precisa é a informação ou o tipo de pesquisa que o fabricante realizou para testar seus dispositivos.