Bactéria pode sobreviver abaixo da superfície de Marte por até 280 milhões de anos

Os níveis de radiação na superfície de Marte são altamente agressivos, porém, a mais de dez metros de profundidade, existem bactérias super resistentes.

A vida em Marte, que é muito investigada, é ainda inviável aos seres humanos devido a sua alta radiação. No entanto, segundo estudos, as bactérias secas e congeladas podem sobreviver à intensa radiação que atinge o Planeta Vermelho por até 280 milhões de anos.

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Sendo Marte um planeta seco e frio, de acordo com os experimentos realizados com as bactérias hidratadas e dissecadas em diferentes temperaturas, os resultados obtidos foram que os microrganismos se multiplicam ininterruptamente neste planeta gelado.

Veja a seguir qual é a bactéria que poderia sobreviver abaixo de Marte em milhões de anos:

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O que a ciência diz?

Atualmente, a possibilidade de microorganismos estarem adormecidos nas superfícies de Marte, é uma preocupação à biodefesa das missões espaciais, pois poderia contaminar a Terra.

A bactéria vencedora dos estudos que apresenta a maior resistência a radiação é a Conan (Deinococcus radiodurans). Essa bactéria, é capaz de absorver até 28 mil vezes mais radiação do que um ser humano conseguiria aguentar.

Para chegar a essa conclusão, a equipe expôs seis tipos de bactérias e fungos terrestres a uma superfície simulada de Marte e aplicou raios gama ou prótons para imitar a radiação.

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Com o frio ficaram mais bem preservados, claro, mas depois verificaram quais emergiram de seu estado adormecido depois de aquecê-los e expô-los à água.

Os cientistas, que tiveram a pesquisa divulgada na New Scientist, acreditam que esta bactéria é capaz de sobreviver por muitos anos e em condições climáticas adversas, graças à sua estrutura genômica.

Expectativa de vida reduzida

Portanto, no estudo com a Conan, foi possível reconhecer sua capacidade de sobreviver 280 milhões de anos em Marte. Mas, somente se ela estivesse enterrada a uma profundidade de 10 metros.

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Isso porque haveria uma redução da expectativa de vida da superbactéria para 1,5 milhão de anos, se fosse enterrada apenas 10 centímetros abaixo da superfície.

Neste caso, a incidência de raios ultravioletas, dificultaria a sobrevivência desse microrganismo no Planeta Vermelho. De qualquer forma, essa descoberta aumenta as chances dos cientistas de encontrar vida em Marte em futuras missões.