Um explorador britânico encontrou os restos abandonados de uma antiga nave espacial da União Soviética (URSS) em um deserto perto do Cazaquistão.
A nave abandonada chamada Ptichka (“pequeno pássaro” na tradução russa) tem boa parte de seu casco enferrujado. Além disso, o ônibus espacial soviético está atualmente avaliado em 189 milhões de libras esterlinas.
Apesar disso, decidiu-se, após uma missão fracassada décadas atrás, remover a nave para reformá-la. Agora, infelizmente, está coberto de poeira em um gigantesco hangar que armazena suas mais de 100 toneladas.
Neste deserto, a indústria aeroespacial soviética construiu um centro de fabricação de veículos espaciais, como o Cosmódromo de Baikonur ou Tiuratam, que na época foi o primeiro e maior centro operacional do setor. Inclusive, é onde foram criadas ferramentas e logística para o lançamento do Sputnik I, entre outros.
Corrida espacial
A conquista do espaço, por exemplo, foi fundamental em plena Guerra Fria. Tanto americanos quanto soviéticos lutaram para chegar a pontos diferentes, ampliando exponencialmente o conhecimento de tudo que nos cerca.
Desse modo, a nave Ptichka faz parte do programa Buran, o mais caro da indústria aeroespacial soviética e que nunca foi concluído. Foi a resposta da URSS nas décadas de 1970 e 1980 ao programa de ônibus espaciais dos EUA.
De acordo com uma reportagem da TV NBC de 2008, o projeto Buran foi fruto direto da espionagem da KGB, a organização de serviços secretos da URSS. Com efeito, Boris Yeltsin terminou de destruí-lo em 1993.
Agora o galpão gigante no deserto é um cemitério completo, que armazena os restos desse projeto. A URSS tentou por todos os meios vencer diferentes batalhas tecnológicas. O espaço foi possivelmente o mais proeminente, embora se concentrasse em muitas outras áreas.
No entanto, finalmente o comunismo na Rússia acabou entrando em colapso e com ele a maioria dos avanços até hoje. Alguns, inclusive, foram abandonados por diferentes lugares do globo onde a URSS governava.