Nosso cérebro não descansa nunca. Enquanto estamos dormindo, ele continua controlando nossos movimentos involuntários (como o pulsar do coração e o ato de respirar) e cria histórias curiosas, que chamamos de sonhos.
Quando acordamos, instantaneamente temos nossos primeiros pensamentos conscientes, que costumam ser relacionados à hora do dia e às nossas primeiras tarefas, como ir ao banheiro, fazer café e trocar de roupa para ir trabalhar ou estudar.
Durante todo o dia, pensamos em muitas coisas que têm a ver com a nossa vida individual, amorosa, profissional, acadêmica, política e por aí vai — mas quantos pensamentos passam, em média, todos os dias na cabeça de uma pessoa?
Muitos pensamentos
Com essa mesma dúvida em mente, um grupo de psicólogos da Queen’s University, no Canadá, resolveu fazer uma pesquisa quantitativa, isolando o que chamaram de “minhoca de pensamento”, que são os padrões repetitivos de pensamentos a respeito de uma mesma temática.
Jordan Poppenk, autor do estudo que foi divulgado pelo site IFL Science, disse que é possível observar, através de exames de imagem, quando a pessoa muda de foco e começa a criar outra minhoquinha.
Ele também nos lembra que nossos pensamentos são soltos e vagueiam em diferentes áreas cerebrais, conectando pontos que, nem sempre, têm algum motivo racional. O fato é que, com as imagens de ressonância magnética, foi possível acompanhar os caminhos desses pensamentos e, a partir de então, fazer uma contagem básica.
Com base em muita análise e cálculo, os cientistas estimaram que uma pessoa média tenha, por dia, aproximadamente 6.200 pensamentos. Com certeza você imaginou que o número seria grande, mas chegou a pensar que seria tudo isso?
Conforme Poppenk, novas pesquisas devem ser feitas futuramente, usando a mesma técnica, mas com novos ajustes. De qualquer forma, a pesquisa nos ajuda a entender melhor a complexidade do cérebro humano e, inclusive, a forma como os fluxos de pensamento se originam e mudam quando a pessoa está estressada ou sob o efeito de alguma droga.
Esses estudos podem ser, no futuro, úteis para os diagnósticos precoces de doenças e transtornos, como esquizofrenia ou o pensamento acelerado em pessoas com TDAH. Legal, né?