Pode não parecer, mas o simples ato de fechar os olhos e dormir exige um trabalho enorme do nosso cérebro. Enquanto dormimos, nossa mente inconsciente brinca de criar cenários e histórias, que chamamos de sonho, mas, em alguns indivíduos, dormir é um exercício quase alucinógeno.
A chamada paralisia do sono é um distúrbio que faz com que a pessoa acorde, fique consciente, mas não consiga se movimentar ou falar. A experiência é tão angustiante que pode causar alucinações, por isso é interpretada comumente como sobrenatural.
O IFL Science divulgou, recentemente, um estudo que foi feito para entender melhor a relação entre paralisia do sono e os relatos de milhares de pessoas que afirmam terem sido abduzidas por naves alienígenas.
Paralisia do sono e experiências com alienígenas
Para um grupo de cientistas do Phase Research Center, na Rússia, essas experiências de interação com criaturas extraterrestres podem ser, no fim das contas, sonhos que acontecem durante o estágio REM do sono.
O estudo contou com a ajuda de 152 voluntários que já tiveram experiências de sonho lúcido, que é quando a pessoa sabe que está sonhando e, às vezes, até consegue conduzir o sonho.
Esses participantes tiveram a tarefa de, enquanto sonhavam lucidamente, tentar convocar a presença de naves e alienígenas. Os resultados revelaram que 75% dos participantes, ou seja, 114 pessoas, conseguiram sonhar com abduções alienígenas ou com interações com criaturas extraterrestres.
Entre essas pessoas, 61% afirmaram que seus alienígenas eram parecidos fisicamente com os personagens extraterrestres que aparecem em filmes e séries; 19% falaram que seus aliens eram semelhantes a pessoas comuns e 4% afirmaram que os aliens eram invisíveis.
Para os pesquisadores, as descrições dos voluntários corroboram com a ideia de que, realmente, as pessoas podem confundir essas experiências com a realidade. Talvez seja por isso, inclusive, que 50% dos relatos de encontros com extraterrestres ocorrem quando a pessoa está dormindo ou em estado de total relaxamento. Interessante, não é mesmo?