A universidade mais antiga do mundo – ocidental – é a Universidade de Bolonha, localizada na cidade de Bolonha, na Itália. Ela foi fundada em 1088 por estudantes que desejavam ter um local para intercâmbio de conhecimento de todas as áreas.
A sua fundação foi considerada um marco para o ensino livre e laico, pois a Igreja Católica exercia grande influência sobre o ensino na época, durante os anos da Idade Média.
A princípio, a Universidade de Bolonha chamava-se “studium” de Bolonha. Mas, como era um local de conhecimento de diversos áreas, ela logo adotaria o termo do latim “universitas” (em português, “universo”). Desse termo, surgiria a palavra “universidade”.
Os primeiros anos da Universidade de Bolonha
Logo no início de sua história, durante os anos do século 12, a Universidade de Bolonha contava em seu corpo docente professores de retórica, gramática e lógica. Eles estudavam as leis romanas.
Na época, os professores não recebiam salários. Eles eram pagos pelos estudantes com o “collectio”, algo como um presente. Na verdade, era proibido remunerar o corpo docente, pois, na época, a ciência era considerada um dom de Deus. Esse dom não deveria ser usado para obter dinheiro.
A universidade surgiu era uma organização livre e laica, como já dito. Mas, no século 14, os estudantes perderam a sua autonomia. Isso porque, as autoridades locais e papais começaram a interferir no funcionamento da organização.
Foi nesse século também que a sociedade de alunos ganhou novas linhas de pesquisa, como Medicina e Teologia.
No século 15, a Universidade de Bolonha começou a atrair alunos de todo o mundo. Papas e cardeais costumavam compor o corpo discente da universidade.
Durante os séculos 15 e 16, novas áreas de estudos começaram a ser oferecidas, como língua grega e ciências da natureza.
Como dito, a Universidade de Bolonha passou a ter, no século 14, grande influência da Igreja Católica. Isso fez com que, durante os séculos 17 e 18, ela perdesse alunos e entrasse em recessão. Na época, a universidade era privada.
Esse quadro começou a mudar quando a Academia de Ciências do Instituto de Bolonha ganhou força, permitindo conter a influência da igreja.
No século 19, a Universidade de Bolonha se tornou pública, após a chegada da República Italiana e, posteriormente, o Reino de Itália. O Reino foi responsável por transferir a universidade para o palácio Palazzo Poggi.
Foi no século 20, que a Universidade de Bolonha pôde se tornar autônoma academicamente. Em 18 de setembro de 1988 foi criada a Magna Charta Universitarum (em tradução livre, “Magna Carta Universitária”), documento no qual continha princípios de liberdade acadêmica e autonomia institucional.
Universidade de Bolonha hoje
Hoje, a Universidade de Bolonha é uma das instituições de ensino mais importantes do mundo. Ela conta com 243 programas de graduação, 48 programas de PhD, 122 cursos de mestrado e 55 escolas de especialização.