Quem nunca viu, em alguma situação mais tensa, alguém aparecer com um copo de água com açúcar para acalmar os ânimos da pessoa nervosa? Você já se perguntou se existe algum embasamento científico por trás dessa técnica? Afinal de contas, oferecer um copo de água com açúcar para uma pessoa nervosa pode deixá-la mais calma?
O fato é que a receita da vovó não tem fundamento científico e tomar água com açúcar não proporciona qualquer tipo de efeito sedativo.
Na verdade, o “calmante” pode ter um efeito contrário, afinal a metabolização do açúcar resulta em glicose, que dá a sensação de energia e agitação, ou seja: pode deixar a pessoa mais nervosa ainda.
Mas comigo funcionou, por quê?
Ainda que a água com açúcar não deixe ninguém mais calmo, é possível encontrar pessoas que afirmam que a bebida doce as deixa menos nervosas. Por que isso acontece? A resposta, nesse caso, pode ser mais simples do que imaginamos: efeito placebo.
Esse fenômeno é o que acontece quando nosso psicológico afeta o resultado de alguma ação. É por isso que o ato de crer que o copo de água com açúcar pode deixar uma pessoa mais tranquila tem, realmente, o poder de exercer esse efeito em alguns indivíduos.
O açúcar como tranquilizante
A ideia de que o açúcar acalma não surgiu do nada. O mal-entendido tem a ver, também, com o fato de que o açúcar ajuda o cérebro a liberar serotonina, uma substância que está relacionada com a sensação de bem-estar e que, por isso, pode ser interpretada como “tranquilizante”.
Além disso, a sensação de calma pode ter a ver com o tipo de situação estressante vivenciada pelo indivíduo. Em alguns casos, o nervosismo extremo consome nossas energias em decorrência da produção de adrenalina.
Aí, ao tomar o copo de água com açúcar, a pessoa acaba repondo líquidos e também energia, resultando em uma sensação de tranquilidade. Em resumo, pode tomar seu copinho de água com açúcar, mas é importante que isso não se torne um hábito frequente e que, claro, a bebida não seja vista como calmante para pessoas diabéticas.
O ideal mesmo, em caso de estresse frequente ou crônico, é buscar ajuda psicológica e psiquiátrica.