Nos últimos dias, o mundo ficou maravilhado com as fotos capturadas pelo maior telescópio espacial já lançado pela ciência, o James Webb. As fotos mostram duas nebulosas, ou seja, gigantes nuvens de poeira e gás que pairam no espaço, um aglomerado de galáxias e também um grupo de cinco de galáxias, localizado a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância.
You've seen the pictures. What questions do you have?
Our panel of @NASAWebb experts is ready to answer them in our NASA Science Live, starting 3pm ET (19:00 UTC) on July 13. Tag your Qs with #UnfoldTheUniverse: https://t.co/gXrivVNA1n pic.twitter.com/bQw8wHeMrq
— NASA (@NASA) July 13, 2022
As imagens capturadas mostram a capacidade de as câmeras do Webb observarem através da poeira cósmica. Essa capacidade oferece a possibilidade de os astrônomos entenderem como as estrelas se formam e de se obter informações detalhadas sobre os buracos negros.
Mas, afinal, como o James Webb conseguiu tirar as fotos do Universo?
O Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) foi lançado ao espaço no dia 25 de dezembro de 2021. Ele é o maior, mais caro e mais potente observatório espacial já desenvolvido pela Nasa. Hoje ele é liderado pela agência espacial americana em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e Agência Espacial Canadense (CSA).
O Webb foi criado para ampliar as pesquisas astronômicas lideradas até então pelo Hubble, telescópio mais famoso da Nasa.
O supertelescópio usa luz infravermelha, que não pode ser percebida pelo olho humano, para estudar a formação das primeiras estrelas e galáxias, o nascimento de sistemas planetários e inclusive as origens da vida.
Segundo a Nasa, ao ver o Universo em comprimentos de onda infravermelhos, o Webb se torna capaz de mostrar coisas nunca antes vistas por outro telescópio. É somente neste comprimento de onda que é possível ver estruturas mais antigas, da época do Big Bang.
Inclusive, as fotos recentemente divulgadas pela agência espacial americana são umas das coisas que nunca foram vistas antes. Para capturar essas imagens, o supertelescópio também conta com um grande espelho formado por 18 partes hexagonais feitas de berílio, um elemento químico metálico resistente usado para endurecer ligas, e, ainda, painéis folheados a ouro.
Esse conjunto é 2,5 vezes maior – em diâmetro – do que o do telescópio Hubble.