Um cometa gigante, duas vezes maior que o Monte Everest, entrou no Sistema Solar interior e deve passar pela Terra na próxima quinta-feira (14). Batizado de C/2017 K2 (PanSTARRS), ele poderá ser observado por meio de um telescópio simples.
De acordo com os pesquisadores, não há risco de sermos atingidos pelo cometa gigante. Isso porque ele não chegará tão perto da Terra. O mais perto que chegará do nosso planeta será equivalente à distância média entre a Terra e Marte.
Ainda não se tem certeza sobre o tamanho do núcleo do K2. Mas, à medida que ele se aproxima, observatórios poderão determinar com maior precisão o tamanho do núcleo do gigantesco objeto espacial.
As primeiras observações do Telescópio Canadá-França-Havaí (CFHT) sugeriram que o K2 poderia ter entre 30 e 160 quilômetros de largura. No entanto, os dados do Telescópio Espacial Hubble indicam que ele pode ter “apenas” 18 quilômetros no máximo.
Os astrônomos estimam que a cauda do K2 pode ter 800.000 quilômetros de comprimento. Segundo os pesquisadores, o mais interessante nesse objeto espacial é a sua atividade.
Ele começou a expelir gás e poeira quando ainda estava muito distante do Sistema Solar, sendo que o mais comum é que cometas apresentem esse comportamento quando estão em torno da órbita de Júpiter, ou seja, em uma distância muito mais próxima do Sol.
Os astrônomos acreditam que o cometa gigante K2 tenha vindo da Nuvem de Oort, uma esfera colossal de objetos gelado que orbitam o Sol muito além dos planetas mais distantes do nosso Sistema Solar.
Após passar pela Terra na próxima quinta (14), um dia depois da “Lua de Cervos”, o cometa seguirá em direção ao Sol. Ele deve atingir seu ponto mais próximo em relação a estrela central do Sistema Solar no dia 19 de dezembro.