Astrônomos dos Estados Unidos identificaram, pela primeira vez, evidências de um buraco negro isolado, à deriva no espaço, graças aos dados do telescópio espacial Hubble. As informações foram divulgadas recentemente pela Agência Espacial Norte Americana (NASA), pela ESA e pelo centro científico de operações do Telescópio Espacial Hubble (STScl).
A estimativa é que existam 100 milhões de buracos negros vagando na Via Láctea. Em virtude das condições de sua própria natureza de massa estelar, quando detectados por pesquisadores, os buracos negros costumam estar sempre acompanhados por estrelas ou em interações com sistemas binários, ou ainda em núcleos de galáxias. Mas essa é a primeira vez que um deles é identificado de forma isolada.
A descoberta foi apresentada no fim de maio em um artigo científica publicado no Arxiv, arquivo de astrofísica da Universidade de Cornell. O estudo foi liderado por duas equipes de instituições americanas: Instituto de Ciência Espacial de Baltimore e a Universidade da Califórnia.
Buracos negros isolados não são lendas
Com a descoberta, agora é possível afirmar que buracos negros isolados são uma realidade e não somente lendas.
A intenção dos pesquisadores é usar os mesmos métodos do estudo para encontrar outros do tipo na Via Láctea. Os astrônomos preveem que existam somente centenas no montante de 100 milhões estimados.
Qual é a importância da descoberta?
De acordo com o estudo, o buraco negro isolado está localizado a 5 mil anos-luz de distância, no Carina-Sagitário, um dos braços espirais da Via Láctea.
Segundo os pesquisadores, com a descoberta desse buraco negro, agora é possível estimar a existência de outro buraco negro isolado de massa estelar que esteja mais próxima da Terra, algo de cerca de anos-luz de distância.
A NASA informa que a estrela mais próxima do nosso planeta, até agora descoberta, está a 4 anos-luz de distância, que é a Proxima Centauri.