O brasileiro ama um bom arraiá e não é à toa, afinal estamos falando de uma festa típica que reúne dança, música, boa comida, tradições, brincadeiras, fogueiras, bandeirolas e muita animação. Dos pequenos aos mais experientes, não tem quem não entre no clima, mesmo que de forma mais modesta, dos festejos que são a cara do Brasil e dos meses mais frios do ano.
O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que essa festa tão linda não foi criada em nosso país. Na verdade, a origem da festa junina tem interferências dos colonizadores portugueses e da cultura francesa, que nos inspirou a criar a famosa quadrilha.
As festas juninas eram uma celebração pagã, muito popular na Idade Média, e tinha como objetivo celebrar a natureza e os deuses da fertilidade. Inicialmente, a Igreja Católica tentou impedir a realização das festas, mas, como não teve sucesso na missão, acabou colaborando para a criação de narrativas que relacionam o festerê a três grandes santos católicos: São Pedro, São João e Santo Antônio.
Essa alusão religiosa começou a ser feita em Portugal, onde até hoje as festas se mantêm como um símbolo cultural do país. Foram os colonizadores portugueses, inclusive, que trouxeram a festa para o Brasil.
A partir do século 17, as festas começaram a ficar com a nossa cara e também com o gostinho dos ingredientes típicos do país. É por isso que muitos pratos à base de milho e mandioca são preparados nessas celebrações, inclusive com o intuito de agradecer à fartura na colheita, de forma semelhante ao que acontecia nas primeiras versões da festividade, na Idade Média.
Hoje, as festas acontecem em todos os cantos do país, tanto no mês de junho quanto no mês de julho. Cada região tem suas próprias tradições, mas a base se mantém igual e conta com quadrilha, fogueira, pratos típicos, quentão e muita animação.
Se você for a alguma festa junina neste ano, aproveite ao máximo as celebrações e se lembre de que o festerê é uma grande riqueza nacional, que merece ser enaltecida sempre. Bom arraiá, sô.