É cada vez mais comum encontrarmos produtos e ingredientes com os rótulos “sem glúten” ou “contém glúten”, não é mesmo? Antes de qualquer coisa, é preciso entender que glúten é o nome dado a um composto proteico comumente encontrado em cereais como trigo, aveia, malte, cevada e centeio.
É o glúten que dá a consistência pastosa típica das massas de pães e bolos, pois, quando entra em contato com a água, cria uma espécie de gel. Não há qualquer problema em consumir produtos com glúten, exceto em casos de alergia, intolerância e doença celíaca.
Nesses casos, o organismo não consegue digerir essa proteína vegetal, ocasionando uma série de sintomas, como inchaço, dor abdominal, dores de cabeça, entre outros.
A equipe do Tudo Bahia conversou com a nutricionista Hortência Kettelen Souza Luz. Formada pela Universidade Federal de Goiás e atualmente fazendo residência em Terapia Intensiva, Hortência falou sobre o glúten e dos alimentos nos quais essa proteína é frequentemente encontrada.
A nutricionista explica que, como o glúten está presente nos cereais que citamos no primeiro parágrafo do texto, podemos dizer que os produtos feitos à base deles também são fontes dessa proteína, como pães, macarrões, biscoitos e até mesmo a cerveja.
Como a doença celíaca, a alergia e a intolerância ao glúten causam problemas especialmente de ordem gastrointestinal, como diarreia, gases e sintomas comuns de reações alérgicas, o ideal é buscar acompanhamento profissional adequado para a realização de exames e a realização do tratamento adequado.
Somente depois de uma boa avaliação, o paciente saberá se é preciso ou não retirar totalmente o glúten da alimentação. Marcar uma consulta com um profissional da área de nutrição é especialmente importante em casos de intolerância e alergia alimentar.
Vale frisar que, devido ao aumento de produtos feitos sem glúten, algumas pessoas começaram a elaborar dietas, sem qualquer critério científico, que retiram o glúten da alimentação de pessoas saudáveis, com a finalidade de emagrecimento, mas isso não é recomendado.
Se a ideia for perder peso, o que vale mesmo é o déficit calórico, que é consumir menos calorias do que o corpo gasta. Apenas um profissional especialista poderá avaliar seu consumo calórico e estipular um cardápio que atenda às suas necessidades.