Freddie Mercury foi vocalista do Queen, banda britânica que fez muito sucesso nos anos 80. Ele ficou conhecido por sua incrível voz, mas não somente. Características estéticas se tornaram símbolos de sua persona musical, como o famoso bigode, a calça branca justa usada nos shows e, claro, os dentes grandes, que eram visíveis quando o artista cantava ou sorria.
O astro nasceu com uma condição médica chamada Mesiodens, que causa supranumerários, ou seja, Freddie Mercury tinha dentes extras em sua boca. Esses dentes extras, por sua vez, faziam com que os dentes da frente avançassem para fora devido à quantidade maior.
Além disso, os seus dentes também eram maiores do que a média, e o astro ainda tinha uma sobremordida bastante perceptível, impossível de ignorar. Freddie Mercury tinha ciência do seu problema odontológico e podia até feito uma cirurgia de correção, mas ele optou por manter os dentes como eles estavam.
Essa decisão não foi à toa, pois o astro acreditava que boa parte de seu alcance vocal se devia ao formato de sua boca e ele achava que se arrumasse os dentes, ou mexesse na boca, sua voz poderia ser alterada para pior. E, embora ele tivesse vergonha dos dentes, ele manteve a sua decisão de não alterá-los.
Freddie Mercury tinha razão?
Cientificamente, não há como comprovar que a sua condição médica era de fato responsável pela sua voz potente. Na verdade, o grande responsável pela capacidade vocal de Freddie Mercury era a sua habilidade de usar as chamadas “falsas cordas vocais” para compor seu canto.
Apesar de o astro acreditar piamente que a sua arcada dentária tinha grande influência na sua voz, algumas pesquisas afirmam que ele simplesmente sabia coordenar suas cordas vocais.
Mercury tinha a habilidade de recrutar a parte “falsa” da sua laringe, conhecida como “pregas vestibulares”, para alcançar certos tons crescentes em estrofes específicas, o que deixava sua voz bastante chamativa.
Os dentes podem ter influência no canto?
Embora não tenha os mesmos impactos do que as cordas vocais, a estrutura da nossa boca pode moldar a forma como falamos. Por exemplo, uma pessoa que perdeu os dentes da frente encontrará uma maior dificuldade para reproduzir as palavras de uma letra musical. Ao mesmo tempo, alguns dentes de trás e até mesmo os caninos têm um menor impacto em relação à nossa dicção.
Além disso, o tamanho da boca pode também influenciar no alcance vocal, fazendo com que uma pessoa tenha voz maior. O fato de Freddie Mercury ter dentes a mais na boca o ajudava até certo ponto. No entanto, esse tipo de vantagem pode também ser alcançado com técnicas e práticas corretas, ao contrário do uso das “falsas cordas vocais”.