O microscópio é considerado uma das mais importantes ferramentas da biologia moderna, pois graças a ele grandes descobertas relacionadas à vida foram feitas.
Por permitir a observação de materiais invisíveis a olho nu, esse aparelho possibilitou ao homem explorar um mundo amplo e desconhecido, viabilizando avanços nos conhecimentos sobre os seres vivos, nas pesquisas biomédicas e diagnósticos médicos.
Desde a sua invenção, no século 17, o microscópio passou por evoluções que o tornaram mais potente e preciso. Tecnologias ópticas especiais, por exemplo, foram desenvolvidas para permitir uma observação clara e reveladora. E hoje há uma grande variedade de tipos de microscópio para diferentes funções.
Dentre esses tipos está o microscópio óptico, responsável por ampliar variados objetos com o objetivo de analisá-los, quantificá-los ou realizar alguma ação sobre eles.
Para exercer essas funções, o aparelho possui um sistema óptico composto por dois conjuntos de lentes. Uma delas é a objetiva, posicionada próxima ao objeto de análise, formando uma imagem real da amostra. Ela é capaz de ampliar a imagem em até 100 vezes. A outra lente é a ocular, que permite visualizar o objeto em tamanho ampliado. Essa lente permite um aumento de até 15 vezes.
Ambas as lentes são posicionadas em lados opostos e interligadas por um canhão. Esse, por sua vez, é responsável por dar suporte ao revólver localizado na parte inferior. O revólver promove a mudança de lentes objetivas, modificando o aumento utilizado.
O microscópio ainda possui o macrômetro e o micrômetro, peças giratórias responsáveis por permitir a movimentação da platina. Esse movimento ocorre quando há necessidade de uma focagem mais eficiente. A platina é o local onde o material de análise deve ser posicionado.
O condensador é outra peça que forma o aparelho. Trata-se de um conjunto de lentes que controla e concentra os raios luminosos. Há também o diafragma, que regula a intensidade de luz sobre o objeto. A luz, por sua vez, projeta a iluminação que atravessa o diafragma, a lâmina e a amostra em análise.
Mas como toda essa estrutura em conjunto funciona?
A luz proveniente da fonte de luz passa pelo condensador e pelo diafragma, refletindo sobre a amostra posicionada na platina e alcançando as lentes.
A amostra na platina pode ser focada por meio do macrômetro e do micrômetro. As lentes objetivas podem ser modificadas para proporcionar uma maior ou menor ampliação da amostra.
Ao atingir a lente objetiva, a luz forma uma imagem ampliada e intermediária da amostra em análise. Finalmente, a lente ocular amplia e produz a imagem final da amostra analisada.
Vale notar que a imagem dependerá do poder de resolução das lentes e também do comprimento de onda da luz utilizada.