Jair Bolsonaro, na última sexta-feira (22/05), confirmou que será feito o pagamento da quarta parcela do auxílio emergencial. No entanto, em entrevista concedida para a rádio Jovem Pan, o presidente informou que o pagamento deve ser efetuado em valores menores.
“Conversei com o Paulo Guedes [ministro da Economia] que nós vamos ter que dar uma amortecida nisso aí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$ 600,00. [Ainda] não sei de quanto vai ser… R$ 300,00… R$ 400,00″, sinalizou para a Jovem Pan.
Além disso, também foi apontada a possibilidade de mais uma parcela do auxílio emergencial. “E talvez tenha a quinta [parcela]. Talvez seja R$ 200,00 ou R$ 300,00. Até para ver se a economia ‘pega’ (sic)”, disse.
Bolsonaro afirmou que as transferências não podem impactar a atual dívida do país. “Não podemos jogar para o espaço mais de R$ 110 bilhões, que foram gastos dessa forma. Isso vai impactar nossa dívida, no Tesouro”, o presidente destacou.
Quarta parcela do auxílio emergencial já estava sendo analisada
Durante reunião com empresários, o ministro da Economia mencionou que já estava pensando na possibilidade. Paulo Guedes teria a intenção de fornecer os pagamentos por mais dois meses, mas em valores reduzidos.
De acordo com informações da Caixa Econômica Federal (CEF), aproximadamente 9,7 milhões de pedidos ainda estão sendo analisados. O cadastro no benefício poderá ser feito provavelmente até dia 03 de junho de 2020.
Auxílio para os estados e municípios
Ainda em entrevista para a Jovem Pan, na última sexta (22/05), Jair Bolsonaro afirmou que será concedida ajuda aos estados e municípios. O texto aprovado no Congresso Nacional, contudo, sofrerá vetos.
“Amanhã [esta quarta-feira], último dia, com vetos. Injeção de R$ 60 bilhões em estados e municípios, mas os prefeitos e governadores sabem que não terão outra oportunidade. Nós não podemos continuar socorrendo estados e municípios, que devem no meu entender, de forma racional, a começar a abrir o mercado”, frisou.
Pelo que já foi discutido na última semana, o presidente poderá vetar quaisquer reajustes salariais aos servidores públicos. A decisão entraria em consonância com os pedidos do ministro da Economia, Paulo Guedes.