O Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, disse no último sábado (12) que a gasolina no Brasil é uma das mais baratas do mundo. O pronunciamento ocorreu justamente na semana em que os preços dos combustíveis foram, mais uma vez, reajustados — a Petrobrás aumentou em 18,8% o valor da gasolina e 24,9% o valor do diesel nas refinarias do país.
Com os reajustes, diversas cidades brasileiras já têm postos vendendo o litro de gasolina a R$ 8 ou até mais do que isso, o que impacta diretamente a vida de todos. Afinal, mesmo quem não tem carro sofre os impactos das mudanças devido aos produtos que são transportados pelos caminhoneiros em todo o país.
A verdade, apesar da fala de Bolsonaro, é que o Brasil não apenas está longe de ser um dos países com o combustível mais barato do mundo, como ocupa o 90° lugar no ranking de valores pelos quais a gasolina é vendida em todo o planeta.
Veja quais são os 10 países que têm, de fato, os menores preços, com base no dólar:
1º – Venezuela: 0,025;
2º – Líbia: 0,032;
3º – Irã: 0,051;
4º – Síria: 0,316;
5º – Argélia: 0,321;
6º – Angola: 0,337;
7º – Kuwait: 0,346;
8º – Rússia: 0,373;
9º – Cazaquistão: 0,400;
10º – Nigéria: 0,400;
90º – Brasil: 1,287.
A gasolina mais cara do mundo é a de Hong Kong, que ocupa o 170º lugar e tem o preço médio do litro a US$ 2,831.
Lembrando que o valor final do combustível depende da cotação do Dólar, que, hoje, em 14 de março, custa o equivalente a R$ 5,125.
O aumento do preço do combustível implica no reajuste de serviços de transporte, como os aplicativos, ônibus e táxis, e também nos valores de produtos que precisam ser transportados para chegar às gôndolas dos supermercados. Ou seja: a vida ficará mais cara como um todo.