Em muitos locais do Brasil e em outras partes do continente norte-americano, esse prato típico é definitivamente uma paixão. A pamonha é feita do milho, cereal de alta qualidade nutritiva e super versátil. Com ele, podemos preparar polenta, broas, bolos, curau, além da possibilidade de comê-lo cozido.
O termo pamonha tem origem na palavra tupi “pa’muñã”, que significa “pegajoso”, “grudento”. A receita é herança da cultura indígena brasileira, que sofreu adaptações a partir das influências portuguesas e africanas.
Ela pode ser consumida como mingau ou, por exemplo, levar ingredientes mais incomuns de se encontrar em seu preparo, como leite de coco e erva-doce. E já virou até expressão: não seja um pamonha.
Embora a iguaria seja saboreada em vários cantos, reza a lenda que pamonha só é pamonha “no Goiás”. Nesse estado, fazer pamonha é um ritual, um momento único de reunião familiar ou entre amigos. Envolve toda uma linha de produção: descascar o milho, catar os cabelos, ralar, temperar, amarrar e cozinhar lentamente.
A pamonhada, ou seja, a reunião para fazer pamonha, é muito comum nas zonas rurais, onde a matéria-prima da receita – o milho – é encontrado em abundância. Mas não vá pensando que a cidade fica de fora. A pamonha atende a todos os públicos, em todas as regiões.
Faça chuva ou faça sol, basta encostar na pamonharia mais próxima e levar a sua para casa. A variedade é enorme: pode ser assada, frita, virar bolo.
Quanto aos sabores, pode ser de sal, com queijo tipo minas como recheio, de doce (com canela é ainda melhor), com pimenta – também conhecida como “à moda” -, que pode levar carnes ou embutidos como linguiças. Enfim, o céu é o limite.
Ficou com vontade? Se você estiver em Goiás, é só dar uma boa olhada à sua volta, provavelmente irá achar uma pamonharia em cada esquina. Passe por lá, peça a pamonha de sua preferência, aproveite e já leve um caldo de milho, um bolinho frito, um curau…