A venda de flores, chocolates e roupas tem um aumento no período que antecede o Dia Internacional da Mulher. Porém, essa data não é apenas comemorativa, pois remonta a eventos muito sérios, ou seja: comemorar não deve afastar a reflexão.
Essa data não é aleatória e não foi simplesmente escolhida por estar entre o ano novo e o dia dos namorados. Na verdade, ela remete a um evento muito importante: no dia 08 de março de 1917, um grupo de mulheres operárias saiu às ruas na Rússia Czarista, com o lema “Pão e Paz”. Elas protestavam contra a participação na Grande Guerra e contra a fome.
Esse evento é tão importante que muitos historiadores dizem ser o pontapé inicial da Revolução Russa. Uma curiosidade interessante é a própria data, porque a Rússia do Czar utilizava o calendário gregoriano, então os protestos teriam ocorrido no dia 23 de fevereiro internamente, enquanto era 8 de março por aqui, no calendário juliano.
Após a Revolução, a União Soviética adotou o mesmo calendário do dito ocidente e sagrou a data para celebrar a “mulher heroica e trabalhadora”. A oficialização global somente veio ocorrer durante o Ano Internacional da Mulher, celebrado em 1975 — instituído pela ONU para homenagear as conquistas sócio-políticas das mulheres.
Ao redor do planeta, diversos países transformaram o dia em feriado nacional (como a própria Rússia). Na China, por exemplo, o governo recomenda que as empresas deem metade do dia de folga para suas colaboradoras. Já no Brasil e nos EUA, sempre ocorrem protestos e manifestações.
De toda forma, esse dia também deve servir para lembrar como todas as conquistas das mulheres (como o voto, trabalho digno, licença-maternidade etc.) só foram conseguidas com muita luta. Também não se pode esquecer a grande diferença de gênero ainda existente na sociedade.
Portanto, 8 de março é um dia para notar quão longe estamos de um ideal de igualdade entre homens e mulheres e ver o que cada um pode fazer para melhorar isso.