De acordo com uma pesquisa realizada pelo aplicativo Guiabolso, 54% dos trabalhadores com carteira assinada (CLT) viram sua renda reduzir. A pesquisa foi realizada com dados de 410 mil pessoas, tendo sido realizada entre os dias 20 e 26 de abril.
A pesquisa também colheu dados de trabalhadores informais ou autônomos. Neste grupo a proporção de queda nos últimos 30 dias foi ainda maior. Do total de usuários, 61% das pessoas registradas no Guiabolso tiveram uma redução de dinheiro.
O levantamento levou em consideração pessoas com rendimentos entre R$ 600 e R$ 15 mil. A queda na renda para quem tem carteira assinada girou em torno de 31% e para PJ’s foi de 37%. Os autônomos e informais também giraram em torno de 37%.
As reduções nas rendas dos trabalhadores estão associadas à quarentena, medida adotada como prevenção ao novo cornavírus. Por conta do isolamento social, muitas pessoas pararam de sair de casa e diminuíram seu consumo, com isso, a economia desacelerou.
BEm pode explicar queda na renda para CLT
Recentemente o governo lançou o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego, mais conhecido pela sua sigla BEm. Com esta medida, empresas podem suspender contratos de trabalho por até dois meses ou reduzir os salários, juntamente com a carga horária, por até 90 dias.
O BEm só é válido para quem tem carteira assinada e pode ser um dos motivos na queda na renda. O programa foi criado para evitar demissões em massa que vem ocorrendo em vários países, como por exemplo, os Estados Unidos.
Auxílio emergencial para quem não é CLT
Para quem não possui carteira assinada e está dentro do grupo considerado vulnerável socioeconomicamente, o governo disponibilizou o auxílio emergencial. Nele, a União pagará três parcelas de R$ 600,00 como forma de ajudar nas perdas econômicas provocadas pela pandemia do novo coronavírus. Recentemente, foi aprovado que mães solteiras que sejam menores de idade possam pedir o benefício.