O supertelescópio James Webb, que promete revolucionar o entendimento científico sobre a origem do Universo, chegou na última segunda-feira (24/1) ao destino final geoestacionário, a cerca de 1,5 de milhão de quilômetros da Terra.
A área, chamada de Lagrange 2 (L2), é uma das cinco áreas na Via Láctea onde a influência gravitacional do Sol e da Terra conseguem se equilibrar em força centripetal, tornando viável a órbita do equipamento. A localização permite ainda a comunicação contínua entre a base de operação do telescópio e as antenas transmissoras do James Webb.
Lançado ao espaço em 25 de dezembro do ano passado, o James Webb é o novo telescópio espacial da Nasa, agência espacial americana. Ele é considerado o sucessor do telescópio espacial Hubble, lançado em 1990. Ambos feitos para ver o chamado Espaço Profundo.
O James Webb é basicamente um grande observatório espacial capaz de enxergar objetos super distantes no espaço, como estrelas, galáxias exoplanetas. Sua massa é de 6,5 toneladas. Ele custou U$$ 10 bilhões, o que equivale em média a R$ 56,4 bilhões.
O telescópio espacial em questão vai permitir aos astrônomos – literalmente – enxergar coisas no Universo que antes eles não conseguiam ver, como as primeiras galáxias que surgiram nele. Isso é possível graças a dois motivos:
- O James Webb é muito grande. Seu espelho primário tem 6,5m de diâmetro, quase 3 vezes maior que seu antecessor, o telescópio Hubble;
- O James Webb consegue enxergar em infravermelho, enquanto o Hubble apenas enxergava uma faixa limitada desse comprimento de onda.
Pelo fato de a luz infravermelha ter um comprimento de onda mais longo que os outros, o James Webb conseguirá olhar mais para trás no tempo e, por consequência, enxergar as primeiras galáxias que formaram no início do Universo.