A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso, no país, da vacina da Pfizer contra a COVID-19 em crianças entre cinco e 11 anos de idade. No entanto, mesmo com o aval da agência, o Ministério da Saúde resolveu realizar uma consulta pública para saber o que a população pensa sobre o assunto.
As contribuições devem ser enviadas online, pelo site do Ministério da Saúde, durante o período de 23 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022. Após esse prazo, as contribuições apresentadas pela população serão objeto de uma audiência pública, que deve ser realizada no dia 4 de janeiro.
A resposta do Ministério da Saúde deve ser anunciada no dia 5 de janeiro, prazo limite estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa será a primeira vez que o Ministério da Saúde realiza consulta e audiência pública para a vacinação contra a COVID-19.
Antes, após a aprovação da Anvisa de determinado imunizante, a pasta já incluía a vacina na campanha vacinal. Essa atitude diferente demonstra a resistência em incluir o público pediátrico na campanha de vacinação contra o novo coronavírus.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, indicou, mais de uma vez, não ter pressa para iniciar a imunização do grupo. Ele chegou a afirmar que “a pressa é inimiga perfeição”.
Entretanto, especialistas discordam, já que dados da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19) demonstram que, desde o início da pandemia até o último dia 6/12, 1.449 crianças de 0 a 11 anos morreram em decorrência da COVID-19, sendo que 301 óbitos são da faixa de 5 a 11 anos.
Com a polêmica criada em relação à aprovação da vacina da Pfizer para crianças, a Anvisa divulgou, então, os pareceres públicos completos das áreas técnicas que foram responsáveis por avaliarem o pedido da farmacêutica.