O indíce de previsão da inflação de 2021 teve um novo aumento e, por isso, o salário mínimo 2022 poderá ser o maior dos últimos anos. A média da inflação tem como base o acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, que já chegou a 10,04%.
O Ministério da Economia tem tido dificuldade ao determinar o valor preciso desse indíce. A inflação tem sido afetada, principalmente, pelos aumentos constantes de combustíveis e alimentos. Essa já é quarta estimativa de inflação que foi divulgada. No início do ano, o índice esperado era de 6,9%, depois passou por 8,4% e 9,1%.
Salário mínimo 2022 poderá ser o maior dos últimos anos
O salário mínimo é reajustado conforme o índice da inflação e, para isso, o governo usa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado pelo IBGE. Com os constantes aumentos registrados no país, essa previsão está cada vez mais instável. A última estimativa apontou que o INPC atinja 10,04%
Por isso, o reajuste do salário mínimo em 2022 poderá ser o maior no período dos últimos seis anos. Com a taxa de 10,04%, o piso nacional vai subir de R$ 1.100,00 para cerca de R$ 1.210,44.
Apesar disso, o salário mínimo não terá ganho real e o trabalhor não terá aumento no poder de compra. Para que o cidadão tenha ganho real é preciso que o reajuste do salário mínimo seja superior à inflação. A última vez que houve aumento do mínimo com ganho real foi com o ex-presidente Michel Temer.
Segundo o governo federal, a falta de ganho real se deve à ausência de verbas. Isso porque o aumento do salário mínimo impacta em todos os benefícios sociais que são de responsabilidade do estado, como PIS/Pasep, aposentadoria e BPC.
A equipe econômica especula que, para cada real a mais no salário mínimo, cerca de R$ 315 milhões sairão a mais dos cofres públicos para o pagamentos de aposentadorias e pensões.