O Banco Central (BC) imprimirá dinheiro para que o governo tenha condições de suprir as demandas dos saques do auxílio emergencial. Os atuais estoques de dinheiro em papel foram considerados baixos e por isso, houve um pedido à Casa da Moeda para que a produção fosse aumentada a partir desta segunda-feira (11/05). As informações vieram de um documento obtido pela agência de Notícia Reuters.
Segundo a Reuters, por se tratar de uma demanda emergencial e fundamental para o país, os funcionários terão de trabalhar por mais tempo e receberão compensações financeiras como horas-extras, por exemplo.
BC negou falta de dinheiro em espécie
O BC negou que está faltando dinheiro em espécie. Todavia, confirmou que existem conversas com a Casa da Moeda cujo objetivo seria a antecipação da produção estimada para o ano de 2020. Além disso, foi informado que em relação ao ano anterior, 2020 terá uma produção 23% maior na quantidade de dinheiro em papel e moeda.
O Banco Central, que supervisiona a oferta de moeda, confirmou que está em negociações com a Casa da Moeda para antecipar o recebimento da produção contratada para o ano, dizendo que já houve um aumento de 23% na quantidade de moeda forte em circulação em abril, um aumento de 55,5 bilhões de reais em relação ao ano anterior, segundo declaração enviada à Reuters.
Ao mesmo tempo, foi apontado que, no momento, dinheiro em espécie vem sendo retido por muitas pessoas, incluindo empresários. Isso seria pelo fato de ter poucos lugares para se gastar o dinheiro, como por exemplo o comércio que na maioria das cidades está fechado.
Segunda parcela do auxílio emergencial
Mais de 50 milhões de brasileiros já sacaram o auxílio emergencial e agora estão no aguardo do anúncio do calendário da segunda parcela. Inclusive havia uma promessa de que o calendário fosse revelado na semana passada. O autor da fala foi o ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni. A afirmação ainda foi reforçada pelo presidente da Caixa Pedro Guimarães.
É válido lembrar que o auxílio emergencial foi uma das medidas tomadas pelo governo visando diminuir os impactos socioeconômicos provocados pela pandemia de coronavírus. Possuem direito aos R$ 600,00 mensais desempregados, trabalhadores autônomos, sem renda fixa, informais, mães solteiras (conforme requisitos) e microempreendedores individuais.