A inflação vem atingindo todo o globo. No entanto, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), no Brasil, o índice é bem pior. A estimativa é de que a inflação, em 2021, no país, seja maior do que 83% dos demais países do mundo.
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Parte dos dados utilizados pelo Ibre vieram de um relatório detalhado feito pelo Fundo Monetário Internacional. Denominado de “World Economic Outlook”, o levantamento fez um panorama geral da economia global e apontou os desafios que deverão ser enfrentados por muitas nações.
Alta maior do que em outros países
Conforme aponta o FMI e especialistas na área, a desvalorização do Real e as decisões da equipe econômica do governo levaram o Brasil ao cenário de alta nos preços. Mesmo com aumento no valor das commodities, que teoricamente beneficiaria o Brasil, os ajustes fiscais e instabilidade do governo fizeram a balança pesar negativamente.
A inflação brasileira só está atrás de países como Turquia e Argentina. Por outro, África do Sul, México, Rússia, Índia, Estados Unidos e Alemanha registraram índices menores. Os dados apontam que as falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, não estão totalmente corretas.
Guedes minimizou a situação do índice.
Combustíveis colaboram com alta da inflação
Recentemente, a Petrobras aumentou o preço da gasolina em 7%. O combustível saiu de R$ 2,78 da refinaria e passou a custar R$ 2,98. Nas bombas, os valores chegaram a R$ 7 e continuam subindo. O gás de cozinha também foi reajustado em cerca de 7,2%.
Além disso, existe o risco de desabastecimento no país. A Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) fez um alerta direcionado à Petrobras e também para Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A possível escassez pode fazer a inflação aumentar ainda mais.