Era 6h34 no horário de Brasília deste último sábado (14), quando o foguete Atlas V partiu rumo ao espaço com a nave batizada de “Lucy”. A missão terá 12 anos de trabalhos, com o objetivo de sobrevoar um asteroide entre Marte e Júpiter e levantará dados para estudos de oito asteroides numa região denominada de “Tróia”.
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Conforme foi informado pela Nasa (agência espacial americana), a nave se desprendeu do foguete e seguiu sozinha a viagem cerca de uma hora após o lançamento. A nave é munida de dois grandes painéis solares e será a primeira vez que um estrutura desse porte, e com painéis solares, chegará mais longe do Sol.
A velocidade de Lucy é de 180 mil km/h. Inclusive ela já enviou sinais através da rede Deep Space Network. O material analisado pela nave é resultado da formação dos planetas, pelo menos é o que explica a Nasa. Esses objetos na órbita de Júpiter são chamados de “cavalos de Tróia” e remontam a cerca de 4,5 bilhões de anos.
Os cientistas esperam fazer com que Lucy chegue até os asteroides em 2027 ou 2028 e, depois, seguirá por outros agrupamentos, chamados de “enxames”, em 2033. Ao todo, a nave percorrerá cerca de seis bilhões de quilômetros e, no trajeto para Júpiter, visitará um objeto chamado Donald Johanson.
O nome faz alusão a um paleoantropólogo que descobriu um fóssil humano etíope, assim como ocorre com o nome da nave e missão, Lucy, que homenageia um fóssil encontrado. A missão é uma espécie de busca por “fósseis” do espaço.
O investimento da Nasa é de cerca de US$ 981 milhões nessa missão. A espaçonave Lucy herdou uma forte herança da engenharia da missão New Horizon, da Nasa, que por sua vez, foi a primeira e única que fez o sobrevoo em Plutão.