Mais uma vez, as estimativas para aumento da inflação tiveram uma elevação e saíram da casa dos 8,35% para 8,45%. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chega a sua 25ª alta de maneira seguida. Esse número é preocupante quanto ao controle inflacionário do país.
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As informações constam do relatório Focus, que foi ventilado pelo Banco Central após levantamento realizado junto a mais de 100 instituições financeiras do país. De acordo com os dados, a estimativa já ultrapassa o dobro da meta central da inflação para este ano.
Em linhas gerais, a meta inflacionária de 2020 chegou a 3,75%. Com isso, para 2021, o esperado seria ficar entre 2,25% e 5,25%. No entanto, agora, já figura com outra alta significativa. Para chegar à meta de inflação, que é determinada pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, o BC pode reduzir ou elevar a taxa básica de juros da economia.
Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa básica de juros – Selic – de 5,25% para 6,25% ao ano. Em 2020, o Brasil enfrentou a maior taxa inflacionária desde 2016 e o INPC ficou na casa dos 4,52%. A mola propulsora diz respeito aos preços dos alimentos. Para 2022, a meta central inflacionária é de 3,50%.
Para ficar oficialmente dentro do previsto na respectiva meta, deverá oscilar entre 2% a 5%. Com o crescimento expressivo, será uma tarefa difícil para a equipe econômica do atual governo perfilar esse quadro. Existe, igualmente, uma perspectiva de aumento no Produto Interno Bruto – PIB para 2021 de 5,04%.
Mas, em contrapartida, a projeção de 2022 foi reduzida para 1,57% ante os 1,63% previstos anteriormente. Já o mercado prevê a taxa básica de juros na casa dos 8,25% ao ano. Isso influenciará diretamente, entre muitas coisas, no crédito imobiliário.
De março a setembro, o BC elevou a taxa básica de juros cinco vezes, ou seja, aumento gradativo que não ocorria há quase seis anos.