Em reunião promovida na última quarta-feira, dia 22/09, o Comitê de Política Monetária (Copom) aprovou um novo reajuste na taxa Selic (juros básicos da economia). O percentual saiu de 5,25% para 6,25% ao ano, o que corresponde a maior alta desde julho de 2019. Na época, a Selic estava em 6,5% ao ano. O novo aumento já era esperado pelos próprios analistas financeiros.
- Meu INSS: como calcular o tempo para início de aposentadoria por idade
- Firefox prepara uma grande mudança para os usuários; entenda
“O Copom considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste [um ponto percentual por reunião] é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques”, comunicou o Copom.
O que é taxa Selic
A Selic é a taxa básica de juros que norteia a economia e, proporcionalmente, torna-se o principal fator utilizado pelo Banco Central – BC na política monetária de controle da inflação no país. Todas as demais taxas de juros são norteadas pela Selic e, nesse caso, podemos dar como exemplo a taxa de juros imposta no crédito imobiliário.
Na última semana, os bancos anunciaram que aumentariam a taxa de juros para o crédito imobiliário, com exceção da Caixa que prometeu redução, indo na contramão. Outras taxas que são norteadas pela Selic são: juros de empréstimos, aplicações financeiras, entre outras.
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, Selic, é definido pelo Copom que se reúne em média a cada 45 dias. Assim, avalia-se de forma mais didática que a Selic deve ser a taxa de juros mais alta, que, trocando em miúdos, exemplifica o valor do dinheiro. Suponhamos que, se a taxa Selic seja de 12% ao ano, o valor do dinheiro emprestado, investido, deverá ser de 1% na base de juros.
Seguindo essa lógica a Selic, norteia as alterações dos juros. Uma das vantagens da Selic pode ser classificada no processo de quitação de uma dívida, por exemplo. Pois, quando ela tem uma baixa, as instituições financeiras tendem a reduzir os juros na renegociação de dívidas.
O Copom controla a Selic baseado em dois importantes fatores: tendência da economia e do mercado. Assim, é possível construir e desenvolver um cálculo desta taxa conforme projeções da economia.