Em um evento promovido pelo BTG Pactual, o ministro da economia, Paulo Guedes, falou sobre a situação da pobreza no Brasil e da dificuldade da aprovação da reforma do Imposto de Renda no Senado. O ministro ressaltou que, na ausência do recurso que sairia da reforma para ampliação do Bolsa Família, a saída seria reeditar o auxílio emergencial.
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Guedes apontou que um grupo de empresários descontentes com a reforma do IR foi até Brasília e fez lobby para impedir a aprovação. “Vai produzir uma reação do governo que é o seguinte: ah é, então quer dizer que não tem fonte não, né? Não tem tu vem tu mesmo. Então é o seguinte, bota aí R$ 500 logo de uma vez e é auxílio emergencial”, Guedes disse durante o evento.
O governo tenta de todas as formas emplacar o Auxílio Brasil, nova versão do Bolsa Família, mas tem esbarrado no fator custeio. O projeto que tramita no Congresso é muito indefinido e, até o fechamento do ano, poderá sofrer mudanças em seu texto.
Os gastos com o auxílio emergencial durante a pandemia foi de mais de R$ 300 bilhões e fez a dívida pública elevar-se bastante. Conforme determina a lei de responsabilidade fiscal, para que ocorra a ampliação do Bolsa Família (uma forma permanente de despesas), é necessário que haja a fonte de onde serão canalizados os recursos.
Após tentar o parcelamento dos precatórios, mas sem sucesso, a tentativa da equipe econômica é utilizar a tributação sobre lucros e dividendos distribuídos à pessoa física. Portanto, com essas e outras mudanças propostas pela reforma no IR, a equipe busca o custeio para ampliação do programa de transferência de renda.