De acordo com estimativas do Banco Mundial, a pandemia da COVID-19 deve lançar mais de 5,4 milhões de brasileiros na extrema pobreza. As pesquisas ainda apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) sofrerá retração de 5% em 2020, sendo o maior déficit em 120 anos.
Por conseguinte, se as previsões se confirmarem, é possível que o número de pessoas financeiramente vulneráveis aumente de 9,3 para 14,7 milhões. Tudo isso até o final de dezembro de 2020.
A taxa de pobreza alcançaria a marca de 7% da população e, com isso, o país teria o maior patamar de miseráveis desde 2006. Na época, ao menos 7,2% de brasileiros sobreviviam com R$ 145,00 por mês.
Medidas urgentes para amenizar o número de brasileiros na extrema pobreza
O isolamento social permanece sendo a melhor estratégia para enfrentar o contágio massivo do novo coronavírus, conforme defesas de Epidemiologistas. É necessário, portanto, garantir o amparo dos mais pobres para além do auxílio emergencial nos próximos meses.
Na região do Nordeste, o número de informais ultrapassa o de trabalhadores com carteira assinada em seis de nove estados. Com base em estudos da consultoria iDados, ao menos 21,1 milhões de brasileiros em estado de vulnerabilidade social moram na região. Todos eles se enquadram nos critérios para receber o auxílio emergencial.
Brasil é o país com maior número de infectados na América Latina
De acordo com números atualizados no último domingo, dia 19 de abril de 2020, a América Latina já soma mais 100 mil infectados pela COVID-19. A maioria deles estão localizados no Brasil, já que ao menos 38.654 casos foram recentemente confirmados. Esse cenário entre em consonância com o estudo sobre o aumento de brasileiros na extrema pobreza.
Em seguida, aparece o Peru com 15.628 casos e 400 mortes; Chile com 10.088 infecções e 133 óbitos; Equador com 9.468 infectados e 474 mortes. Os números podem ser ainda mais alarmantes no Brasil, se for considerado a subnotificação dos exames realizados.