O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) continua sua série de medidas que parecem visar um aumento na popularidade. Não foi diferente no anúncio feito durante entrevista para uma emissora de rádio afiliada à rede Jovem Pan em Maringá, no norte do Paraná, em que ele anunciou zerar o imposto do Diesel no próximo ano.
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De acordo com o presidente, a medida consiste no corte dos subsídios empresariais para que, desse modo, sejam abatidos da arrecadação do PIS/Cofins do Diesel. Isso permitirá zerar o imposto cabível à arrecadação Federal. Não ficou esclarecido por Bolsonaro qual seria o setor governamental que perderia o respectivo benefício fiscal.
Na entrevista, o presidente explicou que, até a conclusão do ano, haverá uma redução de R$ 15 bilhões do subsídio. Esse dinheiro, que vai direto para o Tesouro, não pode ir para o governo por conta do Teto de Gastos e, então, destinará para abater dívida.
Com esse método, o montante será para pagamento dos R$ 19 bilhões de reais arrecadados do PIS/Cofins do Diesel. De acordo com o chefe do executivo nacional, as conversas com a equipe econômica estão bastante avançadas. A Petrobras, inclusive, já fez reajustes no valor do Diesel, que chegaram a marca de 40% de aumento.
Porém, o presidente também culpa os estados pelos significativos aumentos no ICMS. A classe de caminhoneiros chegou a ameaçar uma greve no último mês. Devido à pouca adesão de participantes, o movimento acabou perdendo forças.
No início deste ano, o governo já havia realizado semelhante e zerado o imposto do Diesel. Todavia, com o aumento de 3,7% no preço do produto promovido pela Petrobras em abril, o custo final ao consumidor não teve impacto positivo como se esperava. Na época, Bolsonaro criticou muito os governos estaduais que aumentavam significativamente o valor do ICMS.