O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou, nesta sexta-feira (06/08), um levantamento sobre os custos para se adquirir uma cesta básica em 17 capitais brasileiras. A pesquisa apontou um aumento referente ao mês de julho em 15 capitais e uma redução em duas.
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Esse levantamento do Dieese, que é realizado mensalmente, apontou que as cestas básicas tiveram aumento em Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Vitória, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Belém, Natal, Aracaju, Recife e Salvador.
Já as únicas duas capitais em que os custos para se adquirir a cesta básica diminuíram foram João Pessoa (Paraíba) e Brasília (Distrito Federal). A primeira teve queda de -0,70% e a segunda -0,45%. Avaliando com o mesmo período de 2020 o aumento foi em todas as 17 capitais cobertas pela pesquisa.
As capitais com maior registro de aumento foram Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%). Atualmente a capital com preço mais alto para se adquirir a cesta básica é Porto Alegre no Rio Grande do Sul que custa a média de R$ 656,92. Na sequência estão Florianópolis com valor de aproximadamente R$ 654,43 e São Paulo R$ 640,51.
Cesta básica nas regiões Norte e Nordeste
A pesquisa apontou que, nas regiões Norte e Nordeste do país, as cestas básicas mais baratas estão na capital da Bahia, Salvador, com valor aproximado de R$ 482,58, e Recife, em Pernambuco, com R$ 487,60. De acordo com a pesquisa, nos primeiros sete meses de 2021, o aumento foi acumulativo com taxas que oscilaram entre 0,04% a 14,71% em capitais diferentes.
Nas regiões Norte e Nordeste, são avaliados os preços em seis capitais e, segundo os dados gerais, posicionam-se entre as mais baratas do quadro geral se avaliarmos como um todo a escala de preços.
Cesta básica x salário mínimo
O Dieese faz um levantamento a partir desses dados para avaliar quanto seria necessário de salário mínimo para a cesta básica mais cara, levando em consideração o valor em Porto Alegre (mais cara no mês de julho), com uma família formada por quatro pessoas, dois adultos e duas crianças. O valor tido como proporcional seria R$ 5.518,79.
Observando o valor da cesta básica com o salário vigente de R$ 1.100,00 após os descontos previdenciários que são de 7,5%, a proporção de gasto com a alimentação básica é algo estarrecedor, pois equivale a 55,68% do salário. Ou seja, mais da metade do ganho real do trabalhador é gasto com a alimentação básica. Para se ter uma ideia do aumento, é possível ter uma clara noção ao avaliar que no mês de junho este percentual era de 54,79%.
Produtos com maiores elevações de preço
Dessa vez, não dá para eleger um único vilão responsável pelo aumento no valor da cesta básica, posto que, muitos produtos tiveram aumento significativo. Vejamos:
Produtos com aumento:
- Açúcar, café, óleo, tomate, leite, manteiga, feijão carioquinha, farinha de Trigo, pão francês.
Um dos mais severos vilões mais uma vez foi o óleo vegetal que teve aumento significativo em algumas capitais. Somente em Aracajú, Sergipe, o preço médio do óleo deu uma recuada de -2,56%.
Produtos que tiveram redução
- Batata, arroz, óleo de soja, banana e carne bovina de primeira.
Os valores referentes ao mês de agosto serão divulgados no início de setembro.