A perspectiva do reajuste anual do salário mínimo 2022 é de que seja maior que 2016. Todavia, a mola propulsora desse aumento será a alta da inflação que se aproxima dos 7%. No ano de 2016, o reajuste do salário mínimo foi de 11,6%, sendo que a maior média desde aquele ano foi de 6,48% no ano seguinte.
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Em 2021, o ajuste do salário mínimo foi de 5,22% e ficou, justamente, refém da inflação que chegou a uma projeção de 4,39% no início do ano, mas elevou-se. Nos últimos dez anos, a maior alta da inflação foi registrada entre 2014 e 2016. Dentro deste período o pico na alta foi em 2015, período da crise política, em que alcançou a marca de 10,67%.
Salário mínimo 2022
Não dá para se empolgar com o ajuste do salário mínimo 2022 puxado pela alta da inflação, haja vista que, a partir da análise inflacionária, não dá para o trabalhador ter um ganho real. O ajuste não significa que o assalariado terá capacidade de compra maior. Talvez, possa ocorrer até o contrário, mas isso dependerá do controle da inflação.
A alta em itens, sobretudo, da cesta básica deve permanecer sob controle, caso contrário o poder de compra será ainda menor. Um dos itens fundamentais na conta do brasileiro é o gás de cozinha, por exemplo, que vem tendo aumentos significativos. Outro fator é o preço dos combustíveis, que como um efeito cascata, leva com ele a elevação de quase todos os produtos da mesa das famílias.
O reajuste do salário mínimo 2022 é uma determinação constitucional que, por sua vez, tem como base preservar o poder de compra do trabalhador. O prazo para o governo enviar ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual vence em 31 de agosto. Nele, é necessário informar a segunda estimativa de reajuste do salário mínimo.
No dia 12 de julho, a Comissão Mista de Orçamento aprovou o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), também instrumento constitucional. Na proposta, o salário mínimo é reajustado para R$ 1.147. Nessa conjuntura, o reajuste segue sem aumento acima da inflação. De acordo com a LDO, a projeção é de 4,3% numa escala do Índice Nacional de Preços ao Consumidor.