Não existe previsão de realização de novo concurso público para os Correios, sobretudo, com a intenção do Governo Federal de realizar a privatização da estatal. Com isso, a proposta do limite do quadro de pessoal chega a 100.896 cargos, sendo que, desses, 100.726 são de funcionários efetivos e 170 para o quadro temporário de anistiados.
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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – Correios, através da portaria SEDDM/SEST/ME Nº 8.856, informou detalhes sobre o quadro limite de funcionários. “Compete à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – Correios gerenciar o seu quadro de pessoal próprio, praticando atos de gestão para contratar ou desligar empregados (…)”, comunicou no dia 23 de julho de 2021.
No comparativo com o número estabelecido em 2019, a diferença é de 1.339, posto que, naquele ano, o número assentado foi de 102.235 vagas limitadas ao quadro permanente.
Correios e a privatização
O Governo Federal está empenhado na privatização dos Correios e, segundo especialistas, o processo poderá melhorar a qualidade dos serviços. Porém, outros criticam, como, por exemplo, o diretor da Federação de Aposentados, Aposentáveis e Pensionistas dos Correios, Ademir Loureiro. Ele afirma que a intenção do governo é ajudar o “baronato econômico da Avenida Paulista”.
Em entrevista à Jovem Pan, o advogado especialista em Direito Empresarial e professor do Insper, Marcelo Godke, detalhou o assunto. “Hoje, não tem motivo para manter essa atividade, por mais importante que seja, nas mãos do Estado. O governo vai acabar deixando de administrar uma coisa muito complexa. A segunda grande vantagem é que a gente não vai ter uma empresa, que vem sendo ou foi utilizada para financiar partidos políticos, então a gente acaba matando o mau pela raiz”.
Até o 4º trimestre deste ano de 2021, o governo pretende realizar o processo de privatização dos Correios. O Projeto de Lei 591/2021 segue em avaliação no Congresso e tem, no procurador-geral da República, Augusto Aras, um crítico que é contra o processo de privatização.