Na sexta-feira (30/7), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que a tarifa de eletricidade continua com a bandeira tarifária vermelha em agosto (conta de luz mais cara, portanto).
Com isso, a bandeira segue no patamar 2 e cobrando R$ 9,49 na conta de luz para cada 100 kwh gastos.
Um dado interessante e que mostra certa dissonância, é que no mês de junho a bandeira também era vermelha, no patamar 2, e o valor cobrado era de R$ 6,24 para cada 100 Kwh gastos.
Esse valor sofreu significativo aumento no mês de julho e a Aneel explica que o motivo tem sido a crise hídrica no país, que segundo dados divulgados, é a maior em quase 100 anos.
Risco de apagão em 2021?
Especialistas apontam que o país está perto de um colapso no fornecimento de energia, o que já conhecemos tradicionalmente pelo nome de “apagão”.
A informação foi levantada pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE Advisory), após desenvolver cálculos a partir de dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O último apagão de grandes proporções no país foi registrado em 2018, por causa de uma falha na linha de transmissão ligada à usina de Belo Monte, no Pará.
Aneel pode subir ainda mais a tarifa?
Uma consulta pública foi realizada e concretizada na sexta-feira (30), para um possível aumento na tarifa.
A decisão desta última consulta pública ainda passará pelo crivo da área técnica, que emite o parecer e, então, o processo é remetido para decisão da diretoria colegiada da Aneel.
A proposta é de uma elevação para R$ 11,5 pelo mesmo gasto.
Duração da tarifa de luz elevada é até quando?
A Aneel prevê que esse valor perdure até meados de novembro, haja vista, que os reservatórios continuam com o pior índice das últimas décadas.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) os principais reservatórios, geradores de energia, localizados no Sudeste e Centro-Oeste do país, marcam 26,14% do nível de capacidade.