Foi divulgado na última quinta-feira (15), pelo Ministério da Economia, a previsão do salário mínimo para 2022. O valor informado ao Congresso Nacional prevê a atualização de R$ 47,00, o que significa um reajuste abaixo da inflação.
Com isso, o salário deve passar ao valor de R$ 1.147,00, sem ganho real pelo terceiro ano consecutivo. Isso porque o índice IPCA se encontra em 8,35% no acumulado de 12 meses, já o reajuste do mínimo leva em conta uma inflação de 4,3% para o ano.
Dessa forma, o reajuste fica de acordo com a projeção do Governo Federal, que está presente no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Reajuste abaixo da inflação
Conforme a última atualização do Boletim Macro Fiscal, liberada pelo Ministério da Economia, a inflação pode continuar tendo uma crescente e pode impactar no valor do salário mínimo 2022.
Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve apontar inflação acumulada de 5,05% em 2021 e projetar o salário em R$ 1.155,55. Em breve, o anúncio oficial do salário mínimo 2022 deve ser feito pelo governo.
Salário mínimo 2022: como ficam os benefícios trabalhistas?
O aumento do valor do salário mínimo modifica benefícios trabalhistas, como o abono salarial PIS/Pasep, seguro-desemprego e INSS.
Como o menor valor pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social é de um salário mínimo, o reajuste impacta diretamente sobre seus benefícios, tendo que ser corrigido.
Já o abono salarial, PIS/Pasep, paga o benefício proporcional a quantidade de meses trabalhados no ano anterior, com base no salário mínimo. Se o trabalhador atuou por doze meses ele tem acesso ao abono no valor de um salário mínimo. Já quem trabalhou por menos tempo recebe proporcionalmente.
O mesmo acontece com o seguro-desemprego, onde o menor valor pago é de um salário mínimo. O pagamento do benefício é realizado entre três a cinco parcelas, dependendo do número de meses em que o trabalhador se encontrava empregado, bem como quantas vezes o mesmo já solicitou o benefício.