Uma nova prorrogação do auxílio emergencial para 2021 não está nos planos principais do governo federal. No entanto, a possibilidade não pode ser totalmente descartada. A equipe econômica já se posicionou sobre o assunto, afirmando que se o número de mortes voltar a crescer e for necessário paralisar as atividades novamente, é provável que o benefício seja acionado.
Paulo Guedes acredita que havendo a necessidade de novas parcelas, os pagamentos seriam mais simples, porque o governo já possui os cadastros. “Se houver uma evidência empírica, o Brasil tiver de novo mil mortes, tiver uma segunda onda efetivamente, nós já sabemos como reagir, já sabemos os programas que funcionaram melhor”, disse o ministro.
Por enquanto, o Ministério da Economia está trabalhando em cima de uma série de medidas que não tenham impacto fiscal. Segundo os técnicos, são ações que envolvem valores já previstos no Orçamento Anual, como:
- Adiantamento do 13° salário do INSS;
- Novo saque emergencial do FGTS;
- Antecipação do abono salarial.
Assim, uma nova extensão do auxílio emergencial seria a última alternativa a ser tomada uma vez que a maioria das cidades brasileiras já estão seguindo a vida normal. Logo, retomar o benefício não é necessário agora, de acordo com o governo. “A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem”, afirmou Bolsonaro.
Propostas de prorrogação do auxílio emergencial estão no Congresso
Várias propostas estão paradas no Congresso Nacional aguardando votação. Num geral, os projetos de lei são para a continuidade do benefício por pelo menos três meses. Algumas pedem o valor de R$ 600 e outras de R$ 300. Os candidatos à presidência da Câmara dos Deputados chegaram a se manifestar sobre a necessidade de nova extensão do auxílio emergencial.
O deputado Arthur Lira, afirmou que manter a ajuda governamental depende da aprovação do Orçamento 2021. Ele também citou que o número de parcelas, o valor a ser pago e a quantidade de beneficiários também pesam na hora de mensurar a possibilidade. Lira acredita que uma forma de financiar o programa seria corte de gastos com servidores públicos.
Já seu concorrente, Baleia Rossi, acredita que Paulo Guedes deveria propor nova prorrogação do auxílio emergencial. Ele acredita que o ministro tem a responsabilidade de criar um projeto que se encaixa dentro do teto de gastos. O benefício teve custo em torno de R$ 300 bilhões e ajudou cerca de de 66 milhões de brasileiros.