Assim como o auxílio emergencial, no mês de março de 2020 o governo criou a Bolsa Alimentação para estudantes e crianças em creches. O último pagamento foi feito nesta quarta-feira (20), uma vez que o ano letivo de 2020 está programado para acabar dia 28 de janeiro. O investimento total no benefício está em torno de R$ 133 milhões e garantiu segurança alimentar e nutricional a 129 mil crianças e adolescentes.
Os depósitos foram feitos a estudantes da rede pública durante a suspensão das atividades escolares presenciais. As instituições de ensino são responsáveis por servir refeição aos alunos. Dessa forma, quando as aulas foram paralisadas, o governo viu a necessidade de enviar às famílias o valor correspondente ao mês de merenda na escola.
Inicialmente, o Programa Bolsa Alimentação ficaria vigente até 31 de maio de 2020. No entanto, como o retorno das aulas continuou sendo adiado, os pagamentos continuaram acontecendo ao longo do ano.
Como funcionou o benefício
O benefício ganhou dois formatos para atingir o público de crianças e adolescentes matriculados em creches, ensino fundamental e ensino médio. Sendo assim, foram criadas:
Bolsa Alimentação
- Proporcional ao número de dias que o estudante teria aulas, considerando R$ 3,98 o valor da refeição;
- Paga a 106.435 estudantes da rede pública que tenham o Cartão Material Escolar (CME) e pertençam a famílias beneficiadas pelo Bolsa Família.
Janeiro teria 20 dias letivos, o que somaria crédito de R$ 79,60 para alunos que faziam apenas uma refeição e R$ 159,20 para aqueles que contavam com duas refeições na escola. Só no primeiro ano de 2021 foram investidos mais de R$ 9 milhões.
Bolsa Alimentação Creche
- Paga a 23 mil crianças matriculadas em instituições parceiras e atendidas em creches da rede pública;
- Tem valor fixo de R$ 150 mensais.
Apenas em janeiro, o investimento do benefício foi superior a R$ 3,4 milhões.
Ainda não se sabe se a Bolsa Alimentação vai continuar em 2021, uma vez que os estados estão liberando seus calendários letivos. As redes públicas de ensino municipais e estaduais ainda estão se organizando para definir como serão realizadas as aulas. Muitos locais estão irão adotar o formato híbrido, que consiste na rotatividade de aulas presenciais e à distância.