A Câmara dos Deputados vive uma disputa para a presidência da casa, e recentemente um dos candidatos ao cargo, o deputado Baleia Rossi (MDB), afirmou que uma possível prorrogação do auxílio emergencial pode ser sugerida pelo ministro da Economia. Segundo Rossi, Paulo Guedes deve propor a extensão ainda no início do ano.
A fala do deputado foi feita à Agência Estado, de acordo com ele é o do chefe da economia a responsabilidade de apresentar uma proposta para que o auxílio volte dentro do teto de gastos do orçamento federal.
Possível prorrogação do auxílio emergencial
O deputado Arthur Lira (PP), oponente de Baleia Rossi na disputa ao cargo de presidente da Câmara, disse na última segunda-feira (18) que existe a possível prorrogação do auxílio emergencial que deve acontecer “dentro de um novo Orçamento”.
Lira é o candidato alinhado à Presidência da República. “Para um mês ou dois, estabelecendo um valor compatível, eu penso que o governo possa fazer”, disse o deputado Arthur Lira.
“Quando Lira vem e copia o que eu falo, não acredito que ele tenha feito isso sem um comando do Palácio”, afirmou Rossi, que já vinha pregando a volta do auxílio emergencial. As eleições para presidência da Câmara dos Deputados estão marcadas para o dia 1º de fevereiro.
Programa social novo
Segundo o deputado Arthur Lira, a melhor opção no momento é a criação de um novo programa social. No fim do ano passado, Paulo Guedes e a equipe de sua pasta estavam tentando criar o Renda Brasil/Renda Cidadã, mas o projeto não chegou nem a ser discutido pelo plenário.
Além disso, Lira defende uma PEC Emergencial que corte gastos com servidores públicos para que a possível prorrogação do auxílio emergencial aconteça. O congressista também chegou a criticar seu oponente, Baleia Rossi, quando esse defendeu a prorrogação do auxílio emergencial no mês de dezembro.
Por enquanto, a equipe do Ministério da Economia continua com o discurso de que não há orçamento disponível para uma extensão da renda básica. Mas, existe uma grande pressão, que se iniciou com o atraso na vacinação no Brasil, para que a possível prorrogação do auxílio emergencial aconteça o mais rápido possível.
A piora no número de casos de doentes de COVID-19, e consequentemente de mortes no Brasil, também aumentou a pressão dentro do Palácio do Planalto e fora dele. Hoje, 20 de janeiro de 2021, o Brasil chegava aos 211.491 óbitos da doença em território nacional, com 8.573.864 casos.