O auxílio emergencial acabou em dezembro de 2020 e deixou milhares de brasileiros desamparados financeiramente em plena pandemia da COVID-19. Com isso, cerca de 50 milhões de brasileiros voltaram a receber o Bolsa Família com o valor original – de antes do auxílio – R$ 190.
“É de se esperar um aumento da pobreza, uma volta não só aos níveis iniciais pré-pandemia, mas uma piora”, disse o economista da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, em entrevista a TV Band. Ele também prevê que o Brasil pode vir a sofrer o pior índice histórico de pobreza.
Bolsa Família volta a valor original
Nesta segunda-feira, 17 de janeiro de 2021, o Programa Bolsa Família já começou a ser pago neste ano. O valor médio do benefício é o mesmo do ano passado, R$ 190, e cerca de 14,2 milhões de famílias brasileiras receberão no mês de janeiro.
Enquanto isso a fila de espera do programa pode estar chegando a 1,4 milhão de pessoas, segundo projeção da F. de São Paulo.
O auxílio emergencial beneficiou 68 milhões de cidadãos e foi criado em abril de 2020, como uma forma de combate à crise causada pela pandemia de COVID-19. As primeiras parcelas eram de R$ 600 e depois passaram a ser de R$ 300 nos últimos quatro meses.
PLs pedem volta do auxílio emergencial
Com o fim do estado de calamidade pública no Brasil, no dia 31 de dezembro de 2020, os benefícios emergenciais – como o auxílio emergencial – também foram finalizados pelo Governo Federal.
Por conta disso, alguns congressistas estão criando Projetos de Lei pedindo a volta da renda básica. Um deles é do senador Alessandro Vieira (Cidadania), o PL 5495/2020 que pede a prorrogação do auxílio emergencial por pelo menos os três primeiros meses de 2021.
Outra senadora que criou um Projeto de Lei para a volta da renda básica é Zenaide Maia (Pros). O PL 2.928/2020 segundo ela é necessário pois pode salvar vidas. A senadora também pede que o Congresso Nacional volte mais cedo do recesso, que vai até o dia 1° de fevereiro. “Era previsível que os impactos da pandemia ainda seriam sentidos neste ano”, disse Maia.
Os senadores do PT, Rogério Carvalho e Paulo Rocha também pedem a volta do auxílio emergencial em 2021 com o PL 5.494/2020. Os congressistas propõem o pagamento de parcelas de R$ 600 durante todo o primeiro semestre de 2021.
Já o senador do PDT, Weverton Rocha pediu que o estado de calamidade pública seja ampliado até o dia 30 de junho de 2021. Pelo Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 01/2021, o senador também sugere a volta do auxílio emergencial no país.