Está correndo nas redes sociais um golpe de abono emergencial natalino. Os cibercriminosos lançaram uma nova estratégia para pegar dinheiro de trabalhadores. Os roubos são feitos por meio de uma notícia falsa sobre um novo pagamento para os beneficiários auxílio emergencial, Bolsa Família e pensionistas do INSS. A mensagem informa que o governo irá liberar uma parcela de R$ 800 por causa do Natal.
O Ministério da Cidadania já chamou a atenção e afirmou que não existe nenhum novo depósito emergencial. De acordo com o órgão, não há previsão para pagamentos além do previstos por lei. A pasta ainda lembrou que as inscrições para obter o auxílio emergencial foram encerradas há meses, portanto não existe outra forma de receber a parcela. Sendo assim, os brasileiros precisam ficar atentos ao golpe de abono emergencial natalino.
Como funciona o golpe do abono emergencial natalino
Ao receber o texto via chat online, a pessoa é levada a clicar em um link para receber o benefício. A partir daí, há um redirecionamento para uma página que imita o aplicativo da Caixa Econômica Federal (CEF). Nessa plataforma, os golpistas solicitam os seguintes dados:
- Nome completo;
- CPF; e
- Número de celular.
Quando a vítima termina de preencher o cadastro é gerado outro link de confirmação, pedindo para indicar que a pessoa não é um robô. Depois, surge um recado dizendo que é necessário compartilhar a mensagem no status do Facebook. Por fim, um aviso informa que será enviado um SMS de atestando o cadastro.
Como saber se é fraude
Os trabalhadores precisam prestar muita atenção em mensagens como estas do golpe do abono emergencial natalino. Segundo o analista de segurança sênior da empresa de cibersegurança Kaspersky, Fabio Assolini, pedir o compartilhamento com os contatos indica que a mensagem é falsa. Ele explica que o objetivo desses criminosos é viralizar para ter um grande alcance.
Assoline ainda afirma que os roubos por WhatsApp se tornaram muito comuns, porque este é um aplicativo popular no Brasil. “Além disso, esse [pagamento extra] é um tema de interesse de muita gente. Já vimos uma campanha desse tipo que teve tanto acesso que chegou a tirar o site falso do ar”, disse. Em muitos casos, as pessoas são levadas a baixar aplicativos que gravam senhas e dados bancários.
O especialista ressalta ainda que os criminosos estão realizando cadastros em plataformas de operadoras. Dessa forma é possível que as vítimas contratem serviços sem perceber e paguem por isso. “Às vezes o cadastramento é feito em empresas internacionais, e aí o cancelamento pode gerar bastante trabalho”, disse.