De acordo com a Folha de S. Paulo, o governo federal está analisando a possibilidade de liberar uma nova rodada do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o ano que vem. Essa deliberação tem a intenção de minimizar os efeitos econômicos da provável segunda onda da COVID-19 em 2021.
Outro fator que contribuiu para a ponderação sobre um novo saque do FGTS foi o aumento no número de novos casos de infecção por COVID-19, que apontam para um início de ano complexo. Segundo um membro da equipe econômica do governo, existe uma margem de recursos no FGTS que torna viável uma nova rodada de retiradas, sem comprometer sua sustentabilidade.
O Ministério da Economia está elaborando um conjunto de medidas que poderão ser acionadas conforme a intensidade das crises sanitária e econômica no Brasil. Caso a pandemia da COVID-19 se agrave, há a possibilidade de o governo decretar um novo estado de calamidade.
Considerando a situação atual, segundo a Folha, o governo pretende reavaliar o cenário depois da virada do ano. E a partir dessa análise que seriam anunciadas mais medidas para assegurar a população a partir do final de janeiro. O projeto estima que as ações iniciais não vão impactar as contas públicas.
Ações emergenciais
Além do novo saque do FGTS emergencial, o Ministério da Economia tem traçado diversas ações para caso a pandemia piore. A primeira medida a serem executada provavelmente seriam antecipações do 13º benefício de aposentados e do abono salarial (benefício concedido a empregados formais que recebem até dois salários mínimos).
Porém, essa não seria uma ação imediata, uma vez que a equipe economia está levando em conta que as medidas tomadas este ano ainda estarão em vias de conclusão no início de 2021. O Auxílio Emergencial por exemplo, alguns beneficiários têm parcelas a receber até o final de janeiro. Além deste, os programas de crédito para as empresas também continuam em vigor.