Vacinação é mais barata que prorrogação de benefícios emergenciais, diz presidente do BC

Hoje, terça-feira, 15 de dezembro de 2020, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que a vacinação é mais barata para o Brasil do que a prorrogação do auxílio e outros programas emergenciais. A fala do economista foi feita durante um evento virtual promovido pela Eurasia Group. continua depois da publicidade De […]

Hoje, terça-feira, 15 de dezembro de 2020, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que a vacinação é mais barata para o Brasil do que a prorrogação do auxílio e outros programas emergenciais. A fala do economista foi feita durante um evento virtual promovido pela Eurasia Group.

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De acordo com o presidente do BC, não existe espaço fiscal para extensão de gastos públicos relacionados aos benefícios emergenciais. “Há um foco nas vacinas, em quem vai conseguir antes e a logística, o mercado está focado nisso também”, disse em evento virtual transmitido pela B3.

Dívida preocupa

Para Campos Neto, os gastos no combate à crise econômica gerada pela pandemia de COVID-19 foram necessários. “Entre os emergentes ficamos melhores, mas gastamos mais. Tivemos melhora nas previsões para a queda da atividade econômica, antes era de 10%, agora está entre 4% e 4,2%. Quando observamos a dívida pública e o risco, nos perguntamos, vale a pena?”, perguntou o presidente.

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O economista agora se preocupa que a dívida brasileira piore, e disse que é necessário passar uma mensagem para o mercado de que existe intenção de retorno à austeridade fiscal. “A discussão agora é de como vai ser o gerenciamento dessa dívida. O efeito colateral da dívida alta é que vamos mudar o seu perfil, que começará a ser financiada no curto prazo.”

Roberto Campos Neto diz que vacinação é mais barata

Segundo o presidente do BC: “estamos em um período em que a vacina está chegando e o governo decidiu investir nisso. Se nada funcionar e voltarmos a situação de crescimento baixo e inflação ruim, a gente vai ter esse cenário de dominância fiscal”.

Enquanto isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda meios de liberação mais rápidos para as vacinas contra a COVID-19 no Brasil. Na última quinta-feira, dia 10, a diretoria do órgão aprovou com unanimidade que as vacinas fossem aprovadas em caráter emergencial.

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Ou seja, nenhuma das imunizações teriam registro oficial ainda, mas seriam utilizadas como um experimento. Para isso, as vacinas precisam de certificação em algum outro país e, por enquanto, nenhuma das vacinas que se encontram na última fase de testes no Brasil possuem a certificação.

O Reino Unido foi a primeira nação a iniciar uma campanha de vacinação, seguido do Estados Unidos que começou a vacinar seus profissionais de saúde ontem (14 de dezembro). Os dois países estão usando a vacina estadunidense dos laboratórios Pfizer-BioNTech, que sendo testada no Brasil mas não solicitou a certificação emergencial até o momento.