Na última terça-feira, 8 de dezembro de 2020, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil pode fechar o ano com “perda zero de empregos”. A fala se deu durante a participação do economista em um seminário. Além de Guedes, estavam presentes o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e o atual líder do governo no Senado Federal, Eduardo Gomes (MDB).
Durante seu discurso, Paulo Guedes elogiou o trabalho do STF e disse que o número de empregos no país só foi positivo por conta da cooperação do tribunal. Já que graças às medidas adotadas pelo supremo, houveram flexibilização das relações contratuais de trabalho.
Guedes afirmou que: “Isso nenhum país conseguiu fazer. Nós criamos nos últimos quatro meses um milhão de empregos. Em um tempo de pandemia, não poderíamos ficar presos em uma legislação obsoleta que nos condenaria a um desemprego em massa”.
Ministro diz que Brasil teve perda zero de empregos
Segundo Paulo Guedes, existem três pontos a serem destacados sobre a geração de empregos no Brasil em 2020. “A primeira é sobre a dimensão jurídica do crescimento econômico, da criação de emprego, renda, da geração de riqueza para o povo brasileiro, erradicação da miséria. A segunda é em relação a essa cooperação, em que há muito barulho, as democracias são barulhentas, mas é onde há cooperação e aperfeiçoamento institucional em todos os episódios”, disse.
O chefe da economia do Governo Bolsonaro ainda completou: “E, por último, eu termino justamente chamando atenção para a chave da retomada do crescimento, que também tem essa dimensão jurídica, quando falarmos de marcos regulatórios, concessões, privatizações das leis, gás natural. De todas as leis que estão colocadas no legislativo, mas que dependem sempre das interpretações, mais cedo ou mais tarde do nosso poder Judiciário”.
Guedes defendeu a democracia
Além disso, o ministro da economia também defendeu o estado democrático de direito e a boa relação entre os três poderes da República. “Todas as leis que estão colocadas no Legislativo dependem das interpretações, mais cedo ou mais tarde, do poder Judiciário. Economia e direito são indissociáveis. O direito precisa abranger essa dimensão econômica”, apontou Guedes.
“Há uma pressão sobre o Legislativo em busca de isenções e desonerações, enquanto há uma pressão sobre o Judiciário para os contenciosos. Quando os impostos são excessivamente elevados e percebidos como injustos, quem tem poder político, consegue isenções; e quem tem poder elevado, consegue contenciosos e prefere pagar R$ 100 milhões a um escritório de advocacia do que R$ 1 bilhão para a União”, afirmou Guedes sobre as pressões econômicas que acabam recaindo sobre o Poder Judiciário.