O presidente Jair Bolsonaro voltou a prometer vacina gratuita para todos os brasileiros, desde que tenha autorização de uso por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Havendo certificação da Anvisa (orientações científicas e preceitos legais), o governo ofertará a vacina a todos, gratuita e não obrigatória”, escreveu em uma postagem no Twitter.
– Em havendo certificação da @anvisa_oficial (orientações científicas e preceitos legais) o @govbr ofertará a vacina a todos, gratuita e não obrigatória.
– Segundo o @MinEconomia não faltarão recursos para que todos sejam atendidos.
– Saúde e Economia de mãos dadas pela vida. pic.twitter.com/l1JmtnBkRI
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 7, 2020
O post coincidiu com o acirramento de tensões pela divulgação do plano nacional de vacinação e pelo fato do governo de São Paulo já ter anunciado que começará a vacinar sua população a partir de 25 de janeiro com a Coronavac, imunizante criticado pelo presidente por ter origem chinesa.
Em nenhum momento ele falou especificamente sobre a possibilidade de o governo utilizar a Coronavac. No entanto, em outubro, Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a incluir a vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
Bolsonaro já havia prometido a vacina anteriormente
Esta não foi a primeira vez que Bolsonaro prometeu vacinação gratuita e universal. No fim do mês de novembro, durante um encontro com empresários em São Paulo, o presidente falou sobre a vacinação. Disse que seria gratuita e voluntária, ou seja, não obrigaria as pessoas a se vacinarem.
“Nenhuma vacina ainda completou a terceira fase (de estudos). A vacina, uma vez certificada pela Anvisa, nós compraremos para que a população possa, de forma voluntária e gratuita, receber a aplicação da mesma”, afirmou Bolsonaro na época.
Plano de vacinação ainda não foi divulgado
O Ministério da Saúde vem sendo criticado por ainda não ter divulgado oficialmente o plano de vacinação para o país. Apenas uma prévia foi apresentada para a imprensa durante uma coletiva. Todavia, não foi informado sobre o cronograma e nem o plano de logística que o governo deverá executar para distribuir o imunizante e aplicá-lo conforme as normas sanitárias.