Número de novos concursados é o menor em 10 anos

De acordo com dados do Ministério da Economia, o número de novos concursados é o menor nos últimos 10 anos. Entre janeiro e outubro, somente 665 servidores foram efetivados em órgãos públicos federais. continua depois da publicidade A queda nas contratações de funcionários públicos via concurso começou a cair de forma acentuada no governo Temer, […]

De acordo com dados do Ministério da Economia, o número de novos concursados é o menor nos últimos 10 anos. Entre janeiro e outubro, somente 665 servidores foram efetivados em órgãos públicos federais.

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A queda nas contratações de funcionários públicos via concurso começou a cair de forma acentuada no governo Temer, quando muitos certames foram barrados. Na administração de Bolsonaro, houve ainda mais restrições.

Em 2010, por exemplo, mais de 16 mil novos concursados passaram a fazer parte dos quadros do governo federal. Em 2018, o número foi de apenas 1.318, e em 2019 foi de 2.370. Tudo indica que 2020 será o pior ano de novos servidores, afinal, como informado, somente 665 entraram até outubro.

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Essa falta de contratação de servidores efetivos vem gerando um problema a longo prazo. Até o fim de 2020, 13.609 servidores públicos aposentarão. Ou seja, a diferença entre aposentadoria e contratação é de 20 vezes. Universidades Federais não entram na conta, pois possuem uma autonomia maior.

Solução provisória com contratações de temporários

Apesar dos números de novos servidores caírem nos últimos anos, o governo vem aumentando uma grande quantidade de funcionários temporários. Para se ter uma ideia, em 2010 o governo federal tinha 20.287 temporários. Agora, em 2020, são 27.503 pessoas que não passaram em concurso, mas desempenham funções públicas.

Sindicatos e especialistas criticam falta de concursados

A falta de ingresso de novos concursados vem gerando atritos e críticas de muitos sindicatos, especialistas na área e entidades que defendem os interesses dos servidores públicos. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, criticou a falta de efetivos.

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“O ministro Paulo Guedes tem falado que o índice de reposição de servidores aposentados da União é de apenas 26% como se essa fosse uma medida de sucesso. Mas a gente já vê estrangulamento em carreiras de Estado, em várias áreas técnicas estratégicas. Na Controladoria Geral da União temos hoje apenas 35% do pessoal ideal. Isso está ocorrendo em função de uma decisão equivocada de não se pensar o Estado de maneira estratégica”, afirmou Marques.